A história de Linda Evangelista, a supermodelo que teve sua vida destruída por causa de um procedimento estético


Na semana passada, usuários de redes sociais e veículos de comunicação não pararam de reproduzir e comentar o relato da ex-modelo Linda Evangelista sobre um procedimento estético que a desfigurou.

A coragem de uma das modelos mais famosas da década de 1990, reconhecida por seu talento e beleza, serve de alerta sobre como qualquer pessoa, ainda que bem-sucedida e alinhada a um padrão de beleza, pode ser vítima da pressão de manter-se bela a qualquer custo.

De acordo com o desabafo de Linda em sua conta no Instagram, ela está há 5 anos escondida do mundo, porque ficou “permanentemente deformada” após passar por um procedimento estético para remoção de gordura.

A técnica, que consiste em usar baixa temperatura para reduzir o acúmulo de gordura localizada teve efeito contrário na supermodelo:

“Eu desenvolvi uma hiperplasia adiposa paradoxal ou PAH (sigla em inglês), um risco do qual eu não fui alertada antes de passar pelos procedimentos. O PAH não apenas destruiu o meu sustento, como me colocou em um ciclo de grande depressão, profunda tristeza e nos níveis mais altos de autodesprezo. Nesse processo, tornei-me reclusa”.

Mesmo tendo passado por outras cirurgias para tentar desfazer a anterior, Linda conta que elas não tiveram êxito. Ela processou a clínica que realizou a intervenção em seu corpo e está tentando seguir adiante tornando pública a sua história.

Ela diz, ainda, que se sente envergonhada por estar da forma como está e que apenas quer ser ela mesma.

A BBC procurou a clínica, mas esta não respondeu ao veículo britânico.

Pessoas reais

A imposição de padrões de beleza e juventude sobre as pessoas, sobretudo as mulheres, movimenta milhões de dólares em todo o mundo através da indústria de cosméticos e de cirurgias plásticas e, também, da indústria farmacológica.

Ninguém é um padrão, mas custa a algumas pessoas entender isso, o que lhes provoca uma profunda insatisfação com a sua autoimagem.

Nas redes sociais, procure seguir pessoas reais, pessoas que se pareçam com você, que tenham os seus valores e estilo de vida. Precisamos nos acostumar a ver gente de verdade e não imagens fabricadas por aplicativos e filtros.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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