Variantes do coronavírus colocam países europeus no vermelho escuro


“Estamos muito preocupados, a situação é séria”, diz Ursula von der Leyen, presidente da comissão europeia.

Há menos de um mês do início da vacinação contra a Covid-19 na Europa (o Vax-Day foi dia 27 de dezembro) os países europeus estão mudando o mapa da pandemia, recebendo uma nova cor ilustrativa: a vermelho-escuro, que seria o alerta mais que máximo. Tudo por causa das novas variantes do vírus, o SARS-CoV-2.

Mais medidas restritivas estão sendo implementadas para limitar o vai e vem de pessoas nos países membros, introduzindo testes rápidos obrigatórios na partida e quarentena na chegada para quem viajar nas áreas de alto risco que serão identificadas com a nova cor.

As novas medidas foram decididas ontem, no final da noite, pelos chefes de estado e de governo, convocados pelo Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel em vista da propagação das novas variantes do vírus que, como disse Ursula von der Leyen, “nos preocupam muito: a situação é grave”.

Com as variantes em circulação, espera-se um aumento dos contágios, das hospitalizações e mortes em todas as faixas etárias, principalmente as mais velhas.

Também existe o receio de que algumas mutações possam ter efeito sobre as vacinas, as quais, pelo brevíssimo tempo em que começaram a ser aplicadas, ninguém sabe ao certo sobre a sua eficácia.

Para os dirigentes europeus é fundamental acelerar a imunização e ao mesmo tempo apertar o cerco, ou seja, restringir ainda mais as medidas de contenção do vírus enquanto buscam sequenciar e monitorar as novas cepas.

E vejam que na Europa o lockdown não é uma opção, é já uma obrigação. Museus, teatros, cinemas, academias, bares, livre circulação de pessoas…. alguns países mais, outros menos, mas todos estão vivendo sob medidas restritivas e já vai fazer um ano.

Agora, com as novas cepas variando e circulando, “devemos manter ou fortalecer as medidas restritivas”, disse Michel.

Viagens não essenciais estão sendo fortemente desencorajadas. Viagens a trabalho e para circulação de mercadorias continuarão enquanto possíveis. A Holanda, por exemplo, já cancelou seus voos para 17 países não pertencentes à UE, como Reino Unido (agora Brexit) e África do Sul.

Certificados de vacinação, por ora, estão sendo usados apenas para fins médicos mas talvez já neste   verão poderão ser obrigatórios como documentos de viagem.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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