10 razões para nos deixar um pouco mais tranquilos sobre o coronavírus


Desde o começo deste ano, o coronavírus vem deixando o mundo todo em estado de alerta e até de pânico. A Itália de exportadora do vírus está vivendo dias de pesadelo: filas em supermercados, restrição de locomoção, prorrogação do fechamento de escolas e cancelamentos de eventos em todo o país. Tudo isso em um cenário de verdadeiro caos pelas ruas.

O medo, juntamente com o vírus, se alastra aos países vizinhos e o cenário de pandemia é cada vez mais plausível.

Em meio a tanto medo – e também às informações que não param de chegar, infelizmente junto com fake news ainda mais amedontradoras – receber alguma boa notícia sobre o vírus traz alento.

A BBC News Brasil fez uma reportagem para esclarecer acerca do vírus causador da doença Covid-19 e descobriu que existem 10 razões para nos deixar um pouco mais tranquilos sobre o coronavírus.

Código genético identificado

Até o momento, o que se sabe é que se trata de um novo coronavírus do grupo 2B, da mesma família que a Sars, e está relacionado ao coronavírus de morcegos.

É possível reconhecê-lo

A detecção do vírus está disponível desde 13 de janeiro através do teste RT-PCR, o qual já foi aperfeiçoado nos últimos meses.

O cenário está melhorando, na China

A China tomou medidas eficazes para conter o coronavírus, as quais geraram resultados: o número de casos diagnosticados está diminuindo no país.

A maior parte dos casos é branda

Cerca de 80% dos casos diagnosticados apresentam sintomas leves. Em 14%, pode causar pneumonia grave e em 5% pode tornar-se crítico ou letal.

Há chances de cura

O estardalhaço da mídia nem sempre mostra os casos de pessoas infectadas que foram curadas. Mas essa é a realidade da maioria das pessoas que tiveram o coronavírus; já a menor parte é a mostrada pelos meios de comunicação, que são os casos de morte e os casos confirmados da doença.

As estatísticas dizem que há 13 vezes mais pacientes curados do que mortos, proporção que está aumentando.

Em crianças os sintomas são muito leves

Os idosos são mais frágeis a doenças, tendo sido as principais vítimas do coronavírus. São poucos os casos em pessoas jovens: somente 3% ocorreram em menores de 20 anos e a mortalidade em menores de 40 anos é de apenas 0,2%.

Em crianças, os sintomas são muito leves e podem até não serem percebidos.

Inativação do vírus

O coronavírus pode ser inativado rapidamente de superfícies com uma solução simples de etanol (álcool 62-71%), peróxido de hidrogênio (água oxigenada a 0,5%) ou hipoclorito de sódio (lixívia a 0,1%).

Lavar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel ajudam a evitar o contágio.

A ciência está trabalhando

A comunidade científica internacional está trabalhando em cooperação. Em um mês, cerca de 150 artigos científicos foram produzidos e publicados sobre covid-19 ou SARS-Cov2.

Os temas tratam de vacinas, tratamentos, epidemiologia, genética e filogenia, diagnóstico e aspectos clínicos.

Protótipos de vacinas já estão sendo testados

Atualmente, existem oito projetos de vacina contra o coronavírus. São necessários testes de toxicidade, efeitos colaterais, segurança, imunogenicidade e eficácia na proteção. Embora a previsão seja meses ou anos, já existem alguns protótipos em andamento, que em breve serão testados em seres humanos.

Ensaios clínicos com antivirais em andamento

Além da prevenção por meio do desenvolvimento de vacinas, os tratamentos para pessoas já doentes estão sob análise. Tratam-se de antivirais que foram usados ​​no tratamento de outras infecções, já aprovados e seguros. Dois deles são Lopinavir e Ritonavir, inibidores de protease usados ​​como terapia antiretroviral que inibem a maturação final do vírus da Aids. Como a protease SARSCov2 demonstrou ser semelhante à do HIV, essa combinação já foi testada em pacientes com coronavírus.

O que essas 10 boas notícias demonstram é que a ciência está muito preparada para lidar com o coronavírus.

Além disso, ainda que economicamente a epidemia tenha feitos estragos, para o meio ambiente a desaceleração da economia só fez bem ao diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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