Os tremores do Mal de Parkinson podem estar com os dias contados


O Mal de Parkinson é uma doença muito mais comum do que podemos imaginar: cerca de seis milhões de pessoas no mundo sofrem dessa doença neurodegenerativa.

O distúrbio neurológico, que é o segundo mais frequente depois do Mal de Alzheimer, tem como principal sintoma aparente tremores. Algumas pessoas podem ter, também, convulsões.

Os pacientes afetados por esses sintomas incômodos têm agora a chance de sentirem alívio graças a um novo dispositivo chamado WAND, desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Trata-se de um neuroestimulador capaz de monitorar a atividade elétrica cerebral ao mesmo tempo em que fornece energia para estimular regiões do cérebro onde possam ser detectadas alguma anormalidade, informa a BBC.

O WAND é um dispositivo discreto, conforme descrição de seus criadores: um “dispositivo sem fio de neuromodulação sem artefatos” (“wireless artifact-free neuromodulation device”, do qual deriva a sigla que forma seu nome). Ele monitora a atividade cerebral em 128 pontos concomitantemente, o que representa um enorme avanço em relação aos aparelhos que vêm sendo utilizados atualmente, que detectam apenas oito sinais.

O professor assistente de engenharia elétrica e ciência da computação na Berkeley, Rikky Muller, explica que:

“Queremos que o chip saiba qual é a melhor maneira de estimular o cérebro em um determinado paciente. E isso só pode ser feito por meio do controle e gravação de sua atividade neural”.

A autonomia do WAND impressiona: ao identificar sinais de tremor, ele ajusta os parâmetros de estimulação elétrica de forma independente, inibindo movimentos involuntários.

A pesquisa vai se concentrar em desenvolver, no futuro, dispositivos inteligentes que tratam sozinhos o paciente, a fim de que os médicos não tenham que intervir com constância durante o tratamento, relata Muller.

O próximo passo da equipe de engenheiros é trabalhar de forma cooperativa com médicos para realizar ajustes no WAND, que pode demorar alguns anos para começar a ser comercializado.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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