Alzheimer, herpes e clamídia, que relação estas doenças podem ter entre si?


“Existem provas incontornáveis de que a doença de Alzheimer tem uma componente microbiana e que, em se removendo este obstáculo, poderemos alterar positivamente as perdas cognitivas (…) Não podemos continuar a ignorar todas as provas”.

Essas afirmações são do pesquisador da Universidade Britânica de Manchester, Professor Douglas Kell da Escola de Química do Instituto de Biotecnologia de Manchester. Douglas Kell pertence a um grupo de cientistas que estuda o Mal de Alzheimer e busca sua causa microbiana cujos estudos lhes permitiram chegar à conclusão de que, pelo menos em parte, essa doença é causada por um vírus como o do herpes ou uma bactéria como a clamídia.

São 31 cientistas de diversas universidades de todo o mundo que pesquisam nessa linha de raciocínio. Juntos assinaram um artigo na revista científica Journal of Alzheimer’s Disease e sugerem que uma infecção viral ou bacteriana pode desencadear a doença degenerativa em questão.

Esta descoberta pode marcar uma mudança significativa nos estudos sobre as causas do Alzheimer, sendo urgente a realização de mais pesquisas que permitam a tomada de medidas clínicas mais efetivas do que as atualmente disponíveis. Por enquanto, no entanto, essa linha de pesquisa, sobre o papel de vírus e bactérias no surgimento do Alzheimer, não tem sido uma pesquisa atrativa para os financiados. Até parece que tem gente que não quer saber porque o Alzheimer acontece. Ou então, é aquela velha e nova questão: as pesquisas só são feitas quando existe interesse financeiro da indústria farmacêutica.

O que é o Alzheimer

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, “essa é uma doença incurável que se agrava ao longo do tempo, mas que pode e deve ser tratada. Uma doença em que quase todas suas vítimas são pessoas idosas e, muitas vezes é confundida com “esclerose ou caduquice”. As pessoas que sofrem de Alzheimer apresentam demência, ou perda das funções cognitivas (memória, orientação, atenção, linguagem), causada pela morte de células cerebrais”.

Se sua origem for, em parte ou no todo, derivada de uma infecção viral ou bacteriana, toda a abordagem de prevenção e tratamento terá que ser radicalmente alterada e, é bem possível que, se hoje o Alzheimer é incurável, em um futuro possa ser curável.

Segundo as estatísticas, existem no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas afetadas por este mal. No Brasil há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte sem diagnóstico ainda.

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Redação greenMe

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