Cabeça cheia, neurose, paranoia…têm o seu lado bom também!


Muitas pessoas estão sempre com a “cabeça cheia”, não param de pensar e falar consigo mesmas. São muitas dúvidas e incertezas que habitam a mente delas. Embora isso possa ser angustiante, pode ter, também, o seu lado bom.

A pessoa que não para de pensar, comumente conhecida como neurótica, pode apresentar traços positivos de inteligência e criatividade.

Quem é fã do cineasta Woody Allen certamente deve estar lembrando de muitos de seus personagens, representados pelo próprio, que eram neuróticos e hipocondríacos. As divertidas inquietações, dúvidas e reflexões vinham de personagens criativas e que se sentiam desajustadas ao vulgar e ao prosaico, e com grandes dificuldades para lidar com a vida profissional e amorosa, ou melhor, com os problemas da existência.

Alguns estudos têm revelado que a conversa na cabeça de um neurótico pode trazer benéficos para a sua saúde. Claro que a ansiedade e a angústia não fazem nada bem para quem as sente, pois ficar “pensando demais” pode causar um grande estresse emocional e problemas de saúde, como pressão alta e problemas gástricos.

A forma de manter controlada essa “tendência a analisar muito” é através de terapia e mudanças no estilo de vida, para tirar mais proveito dessa intensa atividade cerebral. Mas como fazer isso?

Como aproveitar a “neurose”?

Nos filmes de Woody Allen, as personagens neuróticas são muito criativas e espirituosas. Estudos mostram que quem pensa demais tende a ser mais imaginativo. Um deles, publicado na revista Trends in Cognitive Sciences, demonstra que a área do cérebro associada ao pensamento é hiperativa em pessoas neuróticas, o que pode proporcionar a elas mais soluções ou ideias.

Adam Perkins, um dos autores do estudo, disse ao The Huffington Post que: “Se as pessoas neuróticas tendem a pensar mais nos problemas porque têm mais pensamentos associados a ameaças – o que explicaria sua tendência a se sentirem infelizes -, parece provável que elas terão melhores chances de criar soluções para esses problemas, comparado com pessoas que têm menores índices de neuroticismo e tendem a olhar para o lado bom da vida o tempo todo”.

A preocupação, uma das características de quem pensa demais, parece estar relacionada à inteligência verbal, segundo um outro estudo publicado na revista Personality and Individual Differences – como as personagens com intensa atividade verbal de Allen, que não param de falar e criar frases de efeito inteligentes e engraçadas.

Sem exageros

Como tudo na vida, equilíbrio é bem-vindo. Pensar demais pode causar estresse e isso não é bom, ainda mais quando “se pensa demais e se age de menos”. Mas se o fato de você pensar demais faz de você uma pessoa criativa, essa pode ser uma combinação bastante benéfica!

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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