Alerta para pico de coronavírus no Brasil


Aqui no Brasil, ninguém está, ainda, efetivamente preocupado com o coronavírus. Fica parecendo que, como o vírus está longe de nós, na China e na Itália, não estamos correndo risco de uma transmissão em massa.

Entretanto, vírus se espalham com muita celeridade, logo, devemos, sim, tomar medidas de prevenção para evitar o contágio, até porque a OMS declarou ontem Pandemia para a doença.

Crescimento exponencial

O Ministério da Saúde já registrou 52 casos confirmados de coronavírus no país, além de 907 casos suspeitos. A previsão da pasta é de que, até o fim de semana, haja um crescimento exponencial do número de infecções.

A consequência é o aumento da demanda por atendimento hospitalar, tanto público quanto privado. Por isso, uma convocação foi feita pelo Ministério a cinco hospitais de excelência que recebem recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) para que os utilizem, bem como coloquem suas equipes à disposição para atendimentos emergenciais.

Segundo o diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo:

“Foi pedido para que fiquemos atentos à curva de casos, nos resguardarmos de estrutura e pessoas e redirecionarmos os recursos do Proadi (Programa de Apoio e Desenvolvimento Institucional do SUS), durante a crise [do coronavírus], para projetos de atendimento e suporte dos hospitais públicos”, disse à Folha de São Paulo, Paulo Chapchap.

Superlotação no SUS e férias escolares

Um dos programas do Proadi tem como meta sanar a superlotação do SUS, em casos emergenciais.

Os hospitais privados adiariam procedimentos que não causam prejuízos aos pacientes, como as cirurgias eletivas, para que os leitos sejam destinados às vítimas do coronavírus.

Outra medida que está sendo estudada pelo Ministério da Saúde é a recomendação para que as escolas adiantem o período das férias escolares de dezembro para os meses de inverno. Ou seja, as férias de julho seriam mais longas, justamente por ser durante o inverno o período em que há mais casos de gripes e resfriados, como informou a Folha de S. Paulo.

A pasta está elaborando um manual para orientar a população sobre algumas ações para evitar o contágio do vírus, tais como:

  • evitar apertos de mãos, beijos, abraços,
  • evitar de usar usar o transporte público em horários de pico,
  • lavar as mãos frequentemente com água e sabão e
  • usar álcool em gel
  • etiqueta respiratória” (cobrir a boca com um lenço descartável ao tossir ou espirrar e descartá-lo; na ausência de um papel, usar o antebraço e não as mãos, que contaminam mais facilmente).
  • pessoas anciãs, por serem as mais atingidas pela doença, devem evitar ao máximo o contágio. Melhor até evitarem sair de casa.

Apesar das recomendações, a avaliação é de que o Brasil não viria a estar em uma situação similar à da Itália. Entretanto, como é desconhecida a forma como o coronavírus pode se comportar no país, toda precaução deve ser tomada, sobretudo, porque, em poucos meses, entraremos no inverno.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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