Coronavírus principais dúvidas: como se pega, quais são os sintomas, qual a probabilidade de morrer, devo me preocupar?


O coronavírus que surgiu na China acabou se espalhando para 81 países (até então) e com ele surgiram diversas dúvidas, além de pânico e notícias sensacionalistas. Para esclarecer essas dúvidas, separamos as principais informações fornecidas por infectologistas e virologistas da Organização Mundial da Saúde e de outras organizações importantes da área da saúde.

Como se pega?

Em entrevista à BBC News Brasil, especialistas esclarecem que o coronavírus é uma doença que afeta o trato respiratório e, como todo vírus transmitido via aérea, ele também pode ser transmitido pelo contato das mãos com a boca e os olhos. Tanto que a principal maneira de pegar o coronavírus é através do contato próximo (menos de dois metros) com pessoas infectadas, seja respirando no mesmo ambiente ou até mesmo tocando áreas infectadas por elas.

Ou seja, a recomendação é a de não ficar em ambientes fechados como salas de atendimento, aeronaves ou outros meios de transporte por períodos prolongados. Para cuidar de pessoas próximas que estejam infectadas, recomenda-se o uso de equipamento de proteção individual e que o ambiente esteja sempre limpo e arejado.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas do coronavírus são:

  • febre,
  • tosse e
  • dificuldade de respirar.

Alguns casos apresentam também espirros e coriza, mas nem sempre esses sintomas aparecem. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os sintomas se manifestam da seguinte maneira:

“A doença parece começar com uma febre, seguida de uma tosse seca e, após uma semana, leva a falta de ar, com alguns pacientes necessitando de tratamento hospitalar”.

Qual a probabilidade de morte por coronavírus?

Por se tratar de um vírus novo e ainda em estudo, é difícil dizer qual é a taxa de mortalidade do coronavírus. No entanto, cientistas estimam que a cada mil casos de coronavírus, em torno de 1% resulte em morte. Dados da OMS revelam que na China a taxa gira em torno dos 3,5% e fora da China em 1,5%.

Olhando assim, a estimativa deles parece baixa, mas deve-se levar em conta os casos de pessoas infectadas que apresentam sintomas leves, não procuram a rede de saúde e se curam espontaneamente. Segundo eles, isso ocorre devido às condições de saúde de cada indivíduo, bem como idade, gênero e o sistema de saúde no qual está inserido.

Além disso, leva-se um tempo até que a infecção resulte em recuperação ou morte, sem contar os casos que ainda não foram identificados ou não tiveram um desfecho. Para conseguir uma precisão na taxa de mortalidade do coronavírus levará um certo tempo, pois é preciso que o surto se estabilize ou seja exterminado de vez.

Devo me preocupar?

Por se tratar de um novo vírus com vacina de cura ainda não desenvolvida, todos nós devemos estar alertas e seguir o protocolo de prevenção. No entanto, não adianta entrar em pânico e deixar de viver por medo de sair na rua, ter contato com as pessoas e até mesmo deixar cumprimentar parentes e amigos.

De acordo com os especialistas, o período de incubação do coronavírus varia de 1 a 14 dias e, nesse período, a probabilidade de contágio é maior. No entanto, até essa informação não está 100% confirmada pelas autoridades da saúde.

Somando-se a isso, é importante ressaltar que a imunidade da população não está preparada para um novo vírus, principalmente em regiões onde a saúde pública é mais frágil e não possui recursos para lidar com as doenças comuns, quem dirá com as novas.

Por incrível que pareça, o Brasil não é um desses países, pois o fato de ter conseguido lidar com o surto da Zika, por exemplo, demonstra que é capaz também de lidar com o coronavírus, segundo a OMS.

De qualquer forma, a recomendação é para que, independente de ser grave ou não, os protocolos impostos pelas autoridades da saúde devem ser respeitados e levados a sério, pois esse tipo de medida são eficazes para combater o surto.

Tais medidas como quarentena e suspensão das aulas, como ocorreram na China e agora na Itália, assustam bastante, mas são elas que ajudam a reduzir a disseminação de doenças como o coronavírus. Por isso, vamos continuar atentos!

Talvez te interesse ler também:

Coronavírus: para a Alemanha já é pandemia. Por que a OMS ainda não declarou isso oficialmente?

Itália: escolas fechadas e zero beijo, abraço, aperto de mão para conter coronavírus

O bicho do coronavírus: qual animal originou o surto?




Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...