Dor nas costas: 12 mitos que dificultam a cura


A dor nas costas é uma das dores mais sentidas por pessoas em todo o mundo, muitas vezes provocada por sedentarismo, má postura e até estresse.

Segundo dados da Previdência Social, a dor de coluna é responsável por cerca de 160 mil licenças de trabalho solicitadas anualmente. A dor na coluna pode ser provocada por um algum problema isolado na região, mas pode ser, também, causada por alguns maus hábitos ou como um sinal de doenças mais graves, como lombalgia, hérnia de disco e artrose.

Existem muitos mitos ao redor da dor de coluna, desde soluções caseiras para o seu tratamento até causas sem comprovação científica. A opinião de especialistas vai desmontar 12 mitos comuns sobre esse tipo de dor. Confira.

Mito 1: Dores na coluna indicam uma doença grave

Segundo o ortopedista Marcelo Wajchenberg, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na maioria das vezes as dores de coluna se relacionam a problemas musculares e de postura, os quais, embora incomodem muito, não apresentam uma causa grave. Mas toda dor de coluna é um sinal de alerta, por isso, um especialista deve ser consultado.

Mito 2. Devo fazer repouso (ou, não devo me mexer)

Dor nas costas não se cura com repouso absoluto. Há pesquisas que comprovam que a imobilidade não soluciona o problema e que o melhor é, assim que possível, retomar os movimentos e voltar à rotina. Movimentar-se é fundamental, porque tem um poder lubrificante para o corpo.

Mito 3. Não devo praticar exercícios físicos (pior ainda os treinamentos com peso)

Segundo alguns especialistas, a melhor forma de tratar a dor crônica na lombar é com exercício físico, dentre eles, o treinamento com peso para fortalecer a musculatura da região. Entretanto, os exercícios devem ser realizados aos poucos, à medida que se consiga fazê-los com os pesos adequados.

Mito 4. Dor é sinônimo de lesão

Nem sempre uma dor aguda é provocada por uma lesão, segundo os especialistas. A dor reflete a percepção do paciente sobre ela. Às vezes, a dor é muito mais psicológica do que física.

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Mito 5. Um exame de imagem pode mostrar o que há de errado

Nem sempre os exames de imagem, como o raio-X, conseguem detectar as dores lombares. Os fisioterapeutas afirmam que os exames de imagem não conseguem explicar satisfatoriamente os motivos que provocam dor na coluna. Embora eles tenham a sua importância, nem sempre dão conta, sozinhos, de mostrar a raiz do problema.

Mito 6: Dormir no chão ou em um colchão duro é bom para a coluna

Dormir no chão ou em um colchão muito duro não garante que a dor vai passar. Pelo contrário, ela pode até se agravar, porque a postura pode ser prejudicada durante o sono. O ortopedista Renato Ueta diz que o jeito de dormir é mais importante do que a densidade do colchão. “A melhor posição para dormir é de lado, com um travesseiro entre as pernas, e devemos evitar ao máximo dormir de bruços, que é a pior posição”, alerta. O travesseiro também influencia nas dores de coluna. Ele deve deixar o pescoço em uma posição neutra.

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Mito 7: Excesso de exercício físico provoca dor na coluna

Nenhum exercício físico causa dor na coluna, mas sim a sua execução errada ou o excesso de carga. Movimentos errados, má postura e carga excessiva são os causadores de dores na coluna durante e após a atividade física. Quando o exercício é bem realizado, ele auxilia na prevenção da dor nas costas.

Mito 8: Dor na coluna é coisa da idade

O envelhecimento não causa dor na coluna, mas é um fator de risco para ela. Nem toda pessoa idosa sofre de dor na coluna, embora possa ser mais suscetível a ter maiores episódios de dor. O envelhecimento acaba gerando um desgaste muscular e ósseo, aumentando o risco de doenças como a artrose. Renato Ueta recomenda que a prevenção, na juventude, é o melhor remédio para evitar esse desgaste natural.

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Mito 9: Dor na coluna só pode ser tratada com cirurgia

A cirurgia é um dos últimos recursos de tratamento para a coluna. Primeiramente, são recomendados fisioterapia, adequação postural, controle de peso, medicamentos e atividade física. A causa da dor é que vai dizer se é necessária a intervenção cirúrgica, caso os tratamentos mencionados não deem resultado.

A cirurgia sequer garante melhora nas dores, é apenas parte de um tratamento completo, que inclui outras medidas, dentre elas, a fisioterapia. Segundo o ortopedista João Bergamaschi, a decisão pela cirurgia deve ser pensada nas consequências que ela trará para a vida do paciente, como perdas no trabalho, na vida social e limitações físicas.

Mito 10: Fazer natação é o melhor remédio

Existe um mito de que a natação faz bem à coluna mas segundo o ortopedista João Bergamaschi este exercício pode inclusive mal dependendo da modalidade aplicada e do tipo de problema na coluna que causa a dor. Portanto cuidado, procure sempre um ortopedista antes de se aventurar em esportes, seguindo apenas os mitos populares.

Mito 11: Estar acima do peso provoca dor na coluna

O excesso de peso sobrecarrega as estruturas vertebrais da coluna, o que pode provocar dor na região. Entretanto, estar acima do peso não é determinante para provocar a dor na coluna. O sedentarismo causa mais risco à coluna do que a obesidade porque provoca enfraquecimento das estruturas vertebrais. Pessoas obesas, mas ativas, têm menos risco de sofrer com dores na coluna do que uma pessoa com IMC normal, mas sedentária.

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Mito 12: Cruzar as pernas causa dor de coluna

Não precisa nunca mais cruzar as pernas porque o que pode causar dores é abusar deste hábito, permanecendo sempre ou por muito tempo nesta posição. Ao cruzar as pernas a coluna vertebral se desvia para um dos lados e, a permanência prolongada nesta posição, pode causar escoliose e dores, além de prejudicar a circulação sanguínea.

Lembrete

Como sempre dizemos sempre aqui no greenMe, uma vida saudável, que inclui alimentação balanceada, dormir bem e praticar atividade física, é o melhor remédio para qualquer dor. Em caso de dores nas costas, procure um especialista que possa encontrar a causa do problema e indicar um tratamento personalizado.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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