Tatuagens piercings podem causar infecções graves


Tatuagens e piercings: alarme de infecções. Isso mesmo: se você planeja “embelezar” seu corpo, saiba que a decisão deve ser bem pensada. Informe-se e avalie bem o local onde pretende fazê-los, sobretudo sobre a higiene dos instrumentos que usarão em você.

Cada vez mais popular entre os jovens, estas práticas de ornamento podem muito facilmente causar infeções e lesões no fígado.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Tor Vergata, em Roma, com 2.500 estudantes do ensino médio, através de questionários anônimos, revelou que muitas vezes a execução de tatuagens e piercings foi feita em locais que não cumpriam normas básicas de higiene, ou tinham sido feitas com métodos “faça você mesmo“, com ferramentas artesanais e inadequadas e que podem ser veículos de transmissão de doenças infecciosas pelo sangue

Trata-se especialmente do vírus das hepatites B e C – VHB e VHC – e do vírus HIV, que pode levar à morte. Por outro lado, afigura-se também que a inoculação na pele de produtos químicos não controlados, representam um grande risco de reações adversas, de sensibilização toxicológica ou alérgica.

Uma coisa básica que ninguém pensa antes de se tatuar é: que tinta irão colocar no meu corpo? Saiba que é uma tinta qualquer, a mesma que você usaria para pintar a parede do seu quarto de rosa! A informação pode ser lida no link abaixo.

Leia também: Tatuagens: existem riscos para a saúde?

“Se 80% dos estudantes disseram que estão cientes dos riscos de infecção, apenas 5% da amostra demonstrou-se devidamente informada sobre as doenças que podem ser transmitidas – explicou a Dra. Carla Di Stefano, autora do estudo e pesquisadora da Universidade Tor Vergata. No entanto, 27% da amostra relatou ter pelo menos um piercing, 20% ostenta uma tatuagem e, são ainda maiores os aspirantes: 20% dos entrevistados disseram haver intenção de fazer um piercing e 32% de decorar a pele com uma tatuagem.”

A infecção pelo HCV é um problema para o qual chamou a atenção o estudo “Association of tattooing and hepatitis C virus infection: a multicenter case control study“, publicado em Hepatology, onde se mostra como a infecção é transmitida, principalmente, através da reutilização de agulhas descartáveis, pela não esterilização de materiais e pela reutilização de tinta contaminada com sangue infectado. Os riscos aumentam quando estes procedimentos são realizados por iniciantes, com instalações sanitárias precárias e onde os instrumentos não são esterilizados ou onde são usados ​​instrumentos improvisados.

Infelizmente, os jovens quando colocam na cabeça que querem uma coisa, é difícil persuadi-los. E se estão sem grana, correm para o primeiro local mais barato, que nem sempre é o ideal para fazer tais intervenções no corpo. Portanto, nestes casos, talvez a vontade de fazer um piercing ou uma tatuagem deva esperar até que se possa fazê-los da melhor forma possível, com materiais descartáveis, adequadamente esterilizados e com profissionais sérios e honestos.




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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