Tatuagens: existem riscos para a saúde? 


No centro da moda, as tatuagens estão presentes em quase todo mundo. Marcas culturais, ou de posicionamento, são elementos que compõem o visual e chamam a atenção. Mas será que são realmente seguras? É isso que o Instituto Federal de Avaliação de Risco (BfR) da Alemanha tem discutido em seu estudoThe Fate of Tatoo Pigments in the Skin” – “O Destino dos Pigmentos de Tatuagem na Pele” – com a organização de um Simpósio sobre o tema.

Tal preocupação se justifica, à medida que há muita química e impurezas na composição da tinta que é utilizada nesses desenhos corporais. Pelo fato de a pele ser perfurada para fazer as pinturas, há penetração de tais substâncias no organismo, e muitas destas são potencialmente tóxicas, não tendo sequer passado por testes ou estudos mais aprofundados. Boa parte dos especialistas concorda que sejam potencialmente cancerígenas.

O x da questão é que esse tipo de coloração não foi criado para que estivesse sob a pele, mas sim para fins industriais: as empresas que se especializaram em produzir tintas para tatuagem são as mesmas que as utilizam para essa finalidade.

Portanto, se a tinta penetrar mais profundamente na pele, pode chegar a cair na circulação sanguínea e seguir para o organismo inteiro. Como não são solúveis em água, o corpo não as elimina com facilidade. Muita tinta das tatuagens permanece naquele mesmo ponto de implantação, mas o resto tende a se espalhar, não só para a corrente sanguínea, mas para as linfas e outros órgãos, indo para algum ponto, o qual ainda não se descobriu qual seja.

Por exemplo, as bases das cores como o vermelho, amarelo e laranja, são absolutamente alérgicas – por serem compostos azólicos – já o Pigment Red 22 pode até mesmo se decompor se exposto ao sol.

Azul e verde intenso e brilhante são repletos de níquel e cobre. Tons de marrons também contêm estas substâncias A questão é que o níquel e outros metais pesados já foram proibidos até mesmo em cosméticos, pelo mal que oferecem à saúde humana.

Solventes e espessantes também são suspeitos de fazer parte de algumas cores. Há bastante receio a respeito de elementos como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – que existem na fuligem e em processos de combustão em geral.

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Como na maioria dos países, a tatuagem não se encontra regulamentada como medicamento ou cosmético, o controle e a regulamentação se tornam mais difíceis e as substâncias utilizadas para coloração cutânea acabam sem grande fiscalização ou estudo.

Até mesmo tatuadores defendem que haja testes toxicológicos para os pigmentos, para ampliar a segurança dos usuários e se seus trabalhos.

Se te interessar, acesse o estudo do BfR na íntegra clicando aqui.

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Fonte fotos: wikipedia.org




Redação greenMe

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