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A Nova Medicina Germânica (NMG), criada pelo médico alemão Ryke Geerd Hamer, propõe uma visão bastante diferente sobre o que é a doença. Segundo Hamer, as doenças — incluindo o câncer — não seriam falhas do corpo, mas sim parte de um processo natural de cura que ocorre após a resolução de um choque emocional intenso.
Medicina alternativa: integração corpo, mente e órgãos
Hamer desenvolveu sua teoria após a morte trágica de seu filho, Dirk Hamer, que foi baleado em 1978 na Ilha de Cavallo, perto da Córsega. Ele relacionou o trauma emocional profundo com o desenvolvimento de seu próprio câncer testicular, interpretando isso como um “choque biológico” que desencadearia doenças.
A Nova Medicina Germânica (NMG) sustenta que toda doença tem origem em um conflito emocional ou choque psíquico, e baseia-se em cinco leis biológicas formuladas poelo Dr. Hamer:
Apesar do apelo intuitivo, a teoria enfrenta críticas sérias:
Não há estudos robustos que comprovem as afirmações de Hamer. Revisões científicas apontam que a NMG carece de respaldo empírico e não pode ser aceita como prática médica válida.
A adesão à NMG pode levar pacientes a evitarem tratamentos convencionais comprovados, como quimioterapia e cirurgia, aumentando o risco de morte. Há casos documentados de vítimas que optaram por essa abordagem e perderam a vida.
Uma das maiores contradições na Nova Medicina Germânica está na própria história de seu criador, Dr. Ryke Geerd Hamer. Segundo sua teoria, a doença visível — como o câncer — surge na fase de cura, ou seja, após o conflito emocional ser resolvido. O conflito ativo, na visão dele, provocaria apenas uma fase silenciosa, sem sintomas.
Porém, o câncer de Hamer foi diagnosticado logo após o trauma profundo da morte do filho, quando o conflito emocional ainda não estava resolvido. Se a doença representa a fase de cura, o câncer dele só deveria ter aparecido depois dessa resolução.
Essa discrepância entre a teoria e a cronologia dos acontecimentos da sua própria história levanta dúvidas sobre a coerência da NMG e sua aplicabilidade.
A visão de que o corpo “avisa” quando algo não vai bem é amplamente aceita na medicina. Sintomas como dor e febre são mecanismos biológicos para proteger e permitir a recuperação do organismo.
Muitas áreas de medicina reconhecem que traumas emocionais podem influenciar a saúde física, mas sempre dentro de um contexto complexo e multifatorial — não como relação direta e única.
A Nova Medicina Germânica pode oferecer uma perspectiva otimista para quem busca sentido na doença, pois a vê não como um problema, mas como uma solução — uma possibilidade de cura. No entanto, ela não substitui os tratamentos baseados em evidências científicas e pode representar sérios riscos à saúde se adotada isoladamente.
Entender o corpo como um sistema integrado, que responde tanto a fatores emocionais quanto biológicos, é essencial. Mas a medicina deve sempre apoiar-se em conhecimento comprovado para garantir segurança e eficácia no cuidado com a vida.
Fonte: Wikipedia
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Categorias: Saúde e bem-estar
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