Por que as pessoas traem? Os bonzinhos são mais chifrudos, revela nova pesquisa


Trair e coçar é só começar, o corno é o último a saber. Entre piadas e frases prontas, o universo da traição é tão grande quanto a diversidade humana. O que leva uma pessoa a trair? Por que as pessoas traem? Algumas, inclusive, até quando amam ou quando têm um casamento feliz.

Vai entender!

Esse assunto nunca tem fim porque o termo traição é subjetivo. Tem quem ache que stalkear é trair, para outros, para haver traição precisa ter conjunção carnal. Já os românticos acham que trair é quando existe sentimento envolvido afinal, a carne é fraca mas o coração é de ouro.

Quanto menos rígido for o conceito do trair, mais traidores teremos por aí. A traição é um conceito cultural e pessoal, que envolve moral, religião, tabu, dor, medos e inseguranças, um tema nem sempre fácil de se adentrar.

E fica sempre aquela coisa: de um lado o traidor, canalha sem vergonha, e de outro a vítima, santa, inocente. Lembrando que a história de traição mais famosa do mundo é a de Judas contra Jesus Cristo. Então já viu, é uma dor enraizada mesmo em nossa cultura cristã.

Mas a boa da vez é que o foco da traição em uma recente pesquisa passou a ser o traído. Em vez de entender o porquê do trair na personalidade do traidor, agora é a vez de entender que existem personalidades facilitadoras do fenômeno.

O bonzinho é o chifrudo da vez. Sempre foi, claro, mas agora a coisa fica cientificada, por assim dizer.

Vamos explicar melhor.

Relatando um estudo feito em 2020, a sexóloga Ana Canosa revela a conclusão do estudo:

“Ter uma parceria conscienciosa, que assume responsabilidades, é confiável, madura e comprometida com o cotidiano e com o relacionamento, é fator protetivo contra a infidelidade. O dado chocante, mas que infelizmente faz sentido, é que ter uma parceria amável aumenta a probabilidade da infidelidade. Ou seja, se tudo o que desejamos é alguém atencioso, afetivo e complacente, como é que essas características podem justamente facilitar a infidelidade do(a) parceiro(a)?

Boa pergunta!

Os pesquisadores hipotetizam que quem é  “coração mole”, sempre disposto ao “perdão” e à compreensão, sempre orgulhoso de manter os valores da família, sofrendo calado em prol do bem-estar comum, acaba sem querer querendo por facilitar a conduta do traidor.

Freud explica!

Na opinião de Ana Canosa, a questão estaria em um desequilíbrio de personalidades dentro do casal onde, de um lado tem-se uma pessoa mais egoista, e de outro aquela disposta a tudo para manter o status quo.

Assim, é o cachorro que morde o próprio rabo, reforçando o lugar de cada um na relação: o egoísta precisa do bonzinho para manter seu egoismo, e o bonzinho, generoso, compreensivo que precisa do egoista para manter o seu lugar de santo na história.

É bom lembrar que estamos em 2021, existe hoje em dia para quem não sabe, relação aberta. poliamor, amizade colorida, sinceridade e as pessoas não precisam de máscaras para viver porque deveriam se dar conta que a máscara do coronavírus é o bastante para proteger a si e aos outros dos vírus sociais, inclusive metaforicamente falando… vocês entenderam!

Chega de hipocrisia!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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