A vida começa aos 50, principalmente para as mulheres de hoje


Qual é a idade da felicidade? Os anos da universidade, a infância, a aposentadoria, o primeiro trabalho?

A tal da curva em U, conceito criado para medir a sensação de felicidade ao longo de vida, foi reelaborado. Um novo estudo reexaminou a relação entre as várias medidas de bem-estar e idade em 145 países, incluindo 109 países em desenvolvimento. O estudo considerou educação, estado civil, trabalho, entre outros fatores, em amostras de indivíduos com menos de 70 anos.

A conclusão? Sem mas nem poréns, o ápice do bem-estar no formato de U é aos 48,3 anos de idade, seja em países ricos que pobres.

Mas é principalmente com relação às mulheres de hoje, que a frase “a vida começa aos 50” se encaixa.

As mulheres de hoje

O mundo mudou e as mulheres estão renovadas com a mudança. Se sentem melhores, mais dispostas, mais desejadas e mais felizes depois da menopausa. Pelo menos é isso que se vê por aí.

Isso porque, as mulheres de hoje deram um salto na qualidade de vida com relação às suas mães, e dois saltos em relação às suas avós.

Muitos foram os fatores que propiciaram esse salto: a medicina que fez com que a menopausa não fosse mais vista como o fim da vida, o aparecimento de doenças. A cultura, que fez com que a mulher não tenha mais que ser a vovó de 5 netos aos 50 anos, tendo passado da vida a cuidar do lar. A economia, que inclui a mulher como potente consumidora porque potente trabalhadora, entre outros.

A mulher de 50 de hoje é uma mulher bonita, madura, interessante e sexy. Algumas estrelas estão personalizando e exemplificando a nova mulher desse novo mundo, repaginada, reconfigurada, sarada, bem sucedida e sexy, porque segura de si.

As mulheres de hoje estão cada vez mais de bem com seus corpos, com seus cabelos grisalhos, não estão mais com medo de se sentirem velhas embora, verdade seja dita, o preconceito ainda exista (etarismo, é hora de acabar com isso!).

Mas o fato é que nas redes sociais pipocam páginas de mulheres lindas, empoderadas e verdadeiramente felizes aos cinquenta ou perto deles. E isso não é fake news pois, como vimos anteriormente, é ciência! A curva U da felicidade é em torno aos 50 seja em países pobres que ricos.

E se a conta não fecha

Todavia, àqueles que chegaram a essa idade, fizeram suas contas e se descobriram no vermelho da vida, calma!

Aproveite a maturidade de hoje para começar a nova vida com tranquilidade. Olhe para as coisas boas, esqueça as ruins. Se a felicidade é subjetiva, é possível criá-la com o que se tem.

Historiadores como Yuval Noah Harari por exemplo, diz que nunca estivemos tão bem, embora pareça que estamos muito mal. Hoje não temos ameaças como no passado, guerras e pandemias. Mas e o coronavírus? Pois é, realmente foi e está sendo uma lástima, mas a ciência desenvolveu em tempo recorde uma vacina, e outros fatores que não existiam no passado, ajudaram a controlar melhor a propagação da doença.

Mesmo assim, como tudo na vida, há altos e baixos, há benefícios e malefícios. As pessoas hoje estão aprendendo a desmistificar o casamento perfeito e estão se separando com mais tranquilidade, com menos culpa e menos dor. As mulheres estão se abrindo para a nova vida madura, combatendo o mito do corpo jovem como a única beleza possível. O mito da felicidade como riqueza e fama também está acabando. Hoje muita gente quer fugir pro mato. Como diz uma obra do Banksy: no futuro as pessoas terão seus 5 minutos de anonimato!

Se tudo estiver mal, aí mesmo que é hora de recomeçar. Se não aos 50, aos 40. Se não aos 40, aos 60. O tempo é uma invenção humana. Pense nisso.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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