Casamento: quem resistiu à pandemia, não se separa mais!


Ninguém passou ileso aos efeitos da pandemia e, no que se refere aos casais, parece que aqueles que conseguiram vencer a barreira do confinamento e da convivência extrema, saíram mais fortes e mais unidos.

Será que os casais que sobreviveram a tudo isso, não se separam mais?

Ao que parece, o grau de estresse, de perturbação, de confusão de sentimentos que o confinamento trouxe, com excesso de trabalho, acúmulo de jornada, filhos dentro de casa, aulas e trabalho online, videoconferência, tudo no mesmo ambiente doméstico, aliado à falta de lazer, exercícios físicos e atividades sociais e recreativas, formaram um pacote completo e bombástico que invadiu os casamentos e nem todos conseguiram suportar.

Boom de separação e divórcio

Tão logo começou a pandemia, vários foram os relatos de casais que não aguentaram a convivência tão extrema, e se separaram.

A China bateu recorde em pedidos de divórcio e o Japão chegou a alugar salas, antes utilizadas para escritórios, para cônjuges em crise.

Recorde de divórcios na China após quarentena do Coronavírus. Viver junto é difícil!

No Japão, alugueis temporários para casais pensarem no divórcio por coronavírus

No Brasil, segundo um levantamento feito pelo Colégio Notarial, foram 43.859 divórcios realizados extrajudicialmente, ou seja, em cartório, no ano de 2020. Esse número foi 15% maior se comparado ao ano anterior.

Para muitos especialistas como psicólogos e advogados, a principal causa relatada pelos pacientes, no caso do primeiro, e pelos clientes, no caso do segundo, tem sido essa convivência “forçada”, a diminuição da vida social e das atividades fora de casa, que causam um estresse tão grande, que a carga fica muito difícil de aguentar.

Segundo a psicóloga Maíra Nascimento:

“a pandemia foi a gota d’água para que isso acontecesse. O casal já vinha passando por dificuldades, e o fato do isolamento social, das incompatibilidades estarem mais evidentes fizeram com que culminasse no divórcio”.

It’s now or never

A boa notícia é que, se a pandemia impulsionou ou forçou os acomodados a tomarem uma decisão conjugal em busca de mudança e felicidade, por outro lado, aqueles que suportaram – porque não foi fácil para ninguém – se reinventaram e, ao que parece, estão melhores.

Porque não duvidem, até os casais mais “margarinas” – esses que postam suas melhores fotos no Instagram ou no Facebook para mostrarem o quanto são apaixonados, companheiros e perfeitos – estes também sofreram os efeitos da pandemia.

Todos foram atingidos de alguma forma. Alguns saíram saindo, mas também teve aqueles que ficaram mais fortes e unidos, ou se redescobriram em novas formas de amar e conviver.

E aí? Qual é a tua opinião sobre isso?

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Juliane Isler

Juliane Isler, advogada, especialista em Gestão Ambiental, palestrante e atuante na Defesa dos Direitos da Mulher.


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