Xamanismo é moda? Por que tem atraído cada vez mais seguidores?


Embora diversos antropólogos ainda estejam por definir o significado de xamanismo, muitos já o tratam como uma jornada da consciência enquanto se caminha pelos dois mundos, físico e espiritual.

Com práticas mágicas, envoltas de espiritualidade e religião, os xamãs têm contato direto com a criação e o próprio espírito ancestral da vida.

Este conceito fascinante tem atraído cada vez mais seguidores, muito embora já se tenha registros de mais de 50.000 anos do xamanismo em si.

Conheça um pouco sobre o xamanismo, e entenda o motivo desta religião estar atraindo cada vez mais seguidores ao redor do mundo.

O que é xamanismo?

É muito comum, especialmente no Brasil, associar o xamanismo aos povos indígenas das Américas. Mas, ao contrário do que o conhecimento popular tenta esclarecer, registros históricos mostram que as práticas de xamanismo podem existir há cerca de 50.000 anos.

Isso não significa, no entanto, que os índios brasileiros não sejam xamãs.

Em termos gerais, o xamanismo é uma religião de cultura do espírito da terra. Povos de diversos continentes praticavam o xamanismo com semelhança notável através de seus rituais na natureza.

Muito comumente, especialmente hoje em dia, associam-se elementos da natureza aos rituais xamânicos, como plantas psicoativas. Desta forma, há quem alegue que o xamanismo é exatamente a busca pelo eu interior através da natureza ou suas ferramentas. É fazer bom uso dos instrumentos que a natureza nos dá e entrar em contato com o universo.

O conhecimento é para todos, mas a sabedoria para alguns

Os rituais xamânicos, como citado brevemente acima, têm em comum (ao menos em sua grande maioria) o uso de plantas psicoativas para alcançar os resultados esperados de suas buscas.

No Brasil e outras regiões da América do Sul, a planta mais popularmente utilizada é ayahuasca. Em grande parte dos grupos de xamanismo, o ritual consistirá em se tomar um chá da infusão de ayahuasca, o que fará com que determinadas conexões dos sentidos sejam alteradas, tendo muitas vezes variadas alucinações visuais, de acordo com os termos médicos.

Por que o xamanismo está ficando cada vez mais popular?

Apesar de o xamanismo ter origens remotas no tempo, atualmente tem sido possível notar um crescente número de seguidores da prática xamã por todo o mundo.

Mesmo que ainda não exista um estudo específico a respeito da quantidade cada vez mais expressiva de seus seguidores, especula-se que o motivo para este inchaço no quadro de membros seja reflexo da sensação cada vez mais comum de vazio na sociedade.

No mundo moderno, onde tudo tem data de validade, a humanidade tende a sentir uma necessidade cada vez maior de encontrar um significado para a existência que vá além da materialidade consumista dos povos. Assim, entende-se que o xamanismo vem a cumprir o que as outras religiões não conseguiram.

O xamanismo destaca-se justamente como uma contraposição à angústia coletiva incurável. Enquanto muitas outras religiões tentem cumprir este papel com a proposta de um ser superior à parte, o xamanismo mostrará vias completamente contrárias, uma vez que irá tratar como uma busca incansável pelo universo no eu interior.

Além disso, o xamanismo é uma religião não institucionalizada, completamente fora das especificações burocráticas dos laços sociais, porém, mesmo assim, dentro da lei.

Além de tudo isso, os rituais xamânicos se diferenciam dos rituais de outras religiões justamente por apresentarem resultados às buscas quase que de imediato.

Os relatos de quem participa ou já participou, voltam-se especialmente ao fato de terem experiência que incluem visões de outras realidades ou universos espirituais. Muitos também relatam ter tido esclarecimentos sobre a vida que décadas de psicoterapia não conseguiram dar.

O mais importante nisso tudo é se sentir bem com as próprias crenças, pois a espiritualidade é, de um jeito ou de outro a busca, e o encontro, da felicidade.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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