Antes e Depois: Os Direitos que as Mulheres Não Tinham e Agora Têm


Ao longo da história, as mulheres têm lutado incansavelmente para conquistar direitos básicos e alcançar a igualdade de gênero. Essa jornada, marcada por vitórias significativas e desafios contínuos, ilustra tanto o progresso alcançado quanto o caminho que ainda precisa ser percorrido. Conheça o antes e o depois na evolução dos direitos das mulheres no mundo.

Mulheres trabalhadoras no início do Séc XX

Mulheres trabalhadoras no início do Séc XX

Antes: Uma Luta por Reconhecimento (1900s – 1970s)

  • Direito ao Voto: No início do século XX, a maioria das mulheres não podia votar. Movimentos sufragistas, como o liderado por Bertha Lutz no Brasil em 1932, foram fundamentais para mudar essa realidade. A Nova Zelândia foi pioneira em conceder o voto feminino em 1893, seguida por outros países como Brasil em 1932 e França em 1944.
  • Educação e Trabalho: O acesso à educação formal para as mulheres era limitado e frequentemente focado em “habilidades domésticas”. No mercado de trabalho, elas eram relegadas a funções de baixa remuneração e com poucas chances de ascensão. A partir da década de 1960, com o movimento feminista, as mulheres conquistaram maior acesso à educação e ingressaram em áreas antes dominadas por homens, como medicina, direito e engenharia.
  • Direitos Civis e Legais: Historicamente, as mulheres eram dependentes de seus pais ou maridos, sem direitos à propriedade ou igualdade legal. A partir da década de 1970, leis e movimentos sociais, como a Lei do Divórcio no Brasil em 1977, garantiram às mulheres maior autonomia e igualdade legal.

 Depois: Avanços Significativos (1980s – Presente)

  • Educação e Participação no Mercado de Trabalho: As mulheres superam os homens em número de graduados em muitos países. Elas ingressaram em áreas antes dominadas por homens, como medicina, direito e engenharia. A participação feminina na força de trabalho global também aumentou significativamente.
  • Direitos Reprodutivos: O acesso ao controle de natalidade e à informação sobre saúde reprodutiva melhorou consideravelmente, permitindo que as mulheres tomem decisões sobre seus corpos e futuros. No Brasil, a pílula anticoncepcional foi liberada em 1962 e o aborto legalizado em casos de estupro, risco à vida da mãe e anencefalia fetal em 2012.
  • Representação Política: A participação das mulheres na política cresceu. Países como Eslováquia, Grécia, Suíça, Itália, Peru, entre outros são liderados por mulheres, e muitos governos implementaram leis que promovem a paridade de gênero em cargos políticos. No Brasil, a Lei das Eleições de 1997 estabeleceu cotas de gênero para candidaturas femininas.

O Que Ainda Falta Conquistar

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  • Igualdade Salarial: Apesar dos avanços, a disparidade salarial entre homens e mulheres persiste. As mulheres ainda ganham menos do que os homens por trabalho equivalente em muitas partes do mundo. A diferença salarial no Brasil, por exemplo, é de 20,5%.
  • Violência de Gênero: A violência contra mulheres e meninas continua sendo uma grave questão global. O combate à violência doméstica, ao feminicídio e a outras formas de violência é crucial para alcançar a igualdade. A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, é um marco no combate à violência doméstica no Brasil.
  • Participação Política e Econômica: As mulheres ainda estão sub-representadas em cargos de liderança, tanto na política quanto no setor empresarial. A promoção de políticas de igualdade de gênero e a quebra de barreiras institucionais são essenciais para mudar esse cenário.
  • Direitos Reprodutivos: Em diversas regiões, o acesso a serviços de saúde reprodutiva seguros e legais está ameaçado. A luta pelo direito das mulheres de escolher continua sendo um campo de batalha importante.

Conclusão

A história da luta pelos direitos das mulheres é uma narrativa de perseverança e progresso. Apesar das conquistas, a batalha pela igualdade de gênero e pelos direitos humanos das mulheres continua em várias frentes. Celebrar as vitórias passadas é essencial, mas também é crucial reconhecer e combater as injustiças que ainda persistem.

Links úteis:

ONU Mulheres

Observatório da Igualdade de Gênero

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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