Quadrilha macabra roubava restos humanos do necrotério da Harvard


Um escândalo chocante envolvendo roubo e venda de partes de corpos doadas à Harvard Medical School veio à tona, levando à acusação cinco pessoas, incluindo o ex-gerente do necrotério, Cedric Lodge. Segundo promotores federais, Lodge e outros réus participaram de um esquema ilegal de mercado negro que durou de 2018 a 2022.

A investigação revelou que Lodge permitia que compradores em potencial visitassem o necrotério da famosa instituição de ensino para examinar os cadáveres e selecionar as partes que desejavam comprar. Posteriormente, as partes do corpo, como cabeças, cérebros, pele e ossos, eram revendidas por esses compradores.

Além disso, Lodge também levava algumas partes do corpo para sua própria residência, onde vivia com sua esposa, Denise. Algumas dessas partes eram enviadas aos compradores pelo correio. Essa atividade ilegal é um ultraje às doações feitas por indivíduos que pretendiam contribuir para a educação, o ensino ou a pesquisa médica.

A investigação também revelou que outras pessoas também estiveram envolvidas no comércio de restos mortais roubados, fazendo parte de uma rede nacional de compradores e vendedores de partes de cadáveres.

Os réus foram acusados de conspiração e transporte interestadual de mercadorias roubadas. As transações ocorriam por meio de chamadas telefônicas e redes sociais, onde os Lodges vendiam os restos mortais para outros revendedores.

A Harvard Medical School cooperou com as autoridades na investigação, enquanto o reitor da faculdade, George Daley, expressou seu choque e afirmou que a instituição estava investigando seus registros para determinar quais partes do corpo dos doadores podem ter sido traficadas. O roubo e o comércio de restos humanos são crimes que afetam a essência de nossa humanidade, e a Harvard Medical School está comprometida em lidar com esse incidente de forma adequada.

Este caso perturbador e macabro destaca a importância de proteger a dignidade dos doadores e a ética no tratamento de corpos doados para fins educacionais e científicos. A justiça deve ser buscada para garantir que tais atrocidades não ocorram novamente e para preservar a confiança da comunidade médica e da sociedade em geral.

O que faziam com os corpos?

A acusação de 15 páginas não fornece muitos detalhes sobre o destino final das partes do corpo, mas há menção de envio de pele humana para um homem na Pensilvânia, contratando seus serviços para transformá-la em couro. Segundo a acusação, haveria uma atividade suspeita, envolvendo curtimento de pele.

Fontes: 

  1. Al Jazeera
  2. NBC News

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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