Não desista: o lindo poema de Benedetti que nos fala sobre resiliência


A vida às vezes nos põe à prova quando não nos sentimos à vontade, quando nos sentimos desencorajados e nos lançamos à depressão mais aguda. A tentação de jogar a toalha é forte. Então vamos parar por um momento, respirar fundo e aprender a não desistir.

Sabemos que quando se trata do nosso interior, pode parecer difícil sair da escuridão, mas se encontrarmos a coragem de fazê-lo e enfrentar nossos medos, no final voltaremos a lutar mais forte do que antes.

Todos os dias, enfrentamos novos desafios e obstáculos, mas muitas vezes nem todos os nossos planos seguem o caminho que queremos. Se nos falta esse encorajamento por parte de alguém, tentamos encontrar a motivação em nós mesmos, para sermos resilientes.

Por exemplo, Mario Benedetti, poeta, ensaísta, escritor e dramaturgo uruguaio ensina em seu poema “Não desista”, a traçar o caminho de nossas próprias vidas. Sombras, medos, mas também desejo de bom senso e de levantar-se.

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Tome dois minutos e leia este poema, talvez seja o primeiro passo para mudar o que você não gosta agora!

NÃO TE RENDAS (NÃO DESISTA)

Não te rendas, ainda estás a tempo de alcançar e começar de novo,

aceitar as tuas sombras, enterrar os teus medos, largar o lastro, retomar o voo.

Não te rendas que a vida é isso,

continuar a viagem, perseguir os teus sonhos,

destravar os tempos, arrumar os escombros e destapar o céu.

Não te rendas, por favor, não cedas,

ainda que o frio queime,

ainda que o medo morda,

ainda que o sol se esconda,

e se cale o vento: ainda há fogo na tua alma

ainda existe vida nos teus sonhos.

Porque a vida é tua, e teu é também o desejo,

porque o quiseste e eu te amo,

porque existe o vinho e o amor,

porque não existem feridas que o tempo não cure.

Abrir as portas, tirar os ferrolhos,

abandonar as muralhas que te protegem,

viver a vida e aceitar o desafio, recuperar o riso,

ensaiar um canto,

baixar a guarda e estender as mãos,

abrir as asas e tentar de novo

celebrar a vida e relançar-se no infinito.

Não te rendas, por favor, não cedas: mesmo que o frio queime,

mesmo que o medo morda,

mesmo que o sol se ponha e se cale o vento,

ainda há fogo na tua alma, ainda existe vida nos teus sonhos.

Porque cada dia é um novo início,

porque esta é a hora e o melhor momento.

Porque não estás só, por eu te amo.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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