Orelha-de-elefante é biorremediadora em áreas contaminadas


A planta Orelha-de-elefante, Colocasia gigantea, é uma arácea da Tailândia que também existe na Floresta Amazônica.

A enorme folha de um verde exuberante é parente próxima do inhame e do tarô porém, não é comestível. Mas, seu uso é interessante para a biorremediação de áreas contaminadas com metais pesados.

Esta descoberta foi feita na Universidade Federal do Amazonas, em um doutorado que visava testar a capacidade de absorção de metais pesados como cádmio, cromo, cobre, chumbo, níquel e zinco, pela planta em questão, que é encontrada nas beiras de rios e córregos da cidade de Manaus.

A Universidade Federal do Amazonas comprovou a eficiência de uma planta da região como biorremediadora em áreas contaminadas. De acordo com a pesquisa, a espécie tem a capacidade de absorver metais pesados do solo, como cádmio, cromo, cobre, chumbo, níquel e zinco.

Fruto de um trabalho de doutorado, o estudo teve como objetivo testar a capacidade de absorção dos metais pesados pela planta, que pode ser encontrada na flora de algumas matas ciliares da cidade de Manaus.

colocasia giganteaFonte foto

O que é biorremediação?

O processo de biorremediação de áreas contaminadas tem a função de descontaminar áreas de solo e água contaminados há séculos, na região.

As plantas que absorvem os metais pesados e outros químicos, concentrando-os em seus tecidos, serão descartadas adequadamente, ao final de sua vida útil (a forma de descarte ainda é uma discussão séria).

A fitorremediação, processo em que se usa a capacidade de absorção e fixação, de plantas determinadas (como o aguapé e outras plantas aquáticas e hoje, a orelha-de-elefante) tem, atualmente, importância mundial na descontaminação de áreas, tanto para produtos orgânicos (resíduos de esgoto, por exemplo) como inorgânicos.

Contaminação do solo por metais pesados

A ocorrência dos metais pesados mencionados no estudo, dispersos na natureza, se deve a processos de ocupação desordenada, descarte inadequado de resíduos (industriais ou domésticos), descarte na natureza de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, tintas e materiais plásticos que contêm, por exemplo, o cádmio.

Este processo, no Amazonas, é agravado pela maior mobilidade que têm os fluxos hídricos – quer dizer que a contaminação se espalha mais extensamente com o vai-e-vem das águas.

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Fonte foto capa: shopify.com




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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