A cruel realidade dos cães que puxam trenós


Quando se fala em trenó, logo vem à cabeça o transporte mágico do Papai Noel, que voa movido por renas, levando presentes de Natal no mundo inteiro.

Essa imagem que faz parte do imaginário humano, incutido em nossa cabeça desde a infância, tem um lado real. É como dizia Aristóteles: a arte imita a vida; ou Oscar Wilde: a vida imita a arte.

Fato é que também fazemos associação com a palavra trenó, com aquele meio de locomoção usado na neve, em lugares gélidos como o Alasca.

Em terras polares, os cães são utilizados para mover os trenós, como o famoso Balto que até virou personagem de filme de cinema. O que nem todo mundo sabe, é que, segundo informações da PETA (Pessoas para o Tratamento Ético dos Animais), no Alaska, no Colorado e no Canadá, cães que são utilizados para puxarem trenós são explorados e tratados como objetos.

Para mostrar o quanto estes cães são explorados foi feito um documentário, que foi premiado, chamado Sled Dogs.

O documentário fornece uma visão da indústria de cães de trenós, que faz desde atrações turísticas até a corrida anual de Iditarod, colocando em cheque todo abuso que o “melhor amigo do homem” sofre através dessas atividades.

A produção que foi dirigida por Fern Levitt é a primeira a revelar a crueldade que os cães de trenós sofrem, principalmente na Iditarod.

Nesta corrida, os cães são submetidos a correr mais de 1.600 quilômetros em menos de duas semanas, com somente 40 horas de descanso.

Quando não estão puxando os trenós, eles ficam acorrentados em postes ou barris de plástico.

Estes cães passam a maior parte de suas vidas sendo explorados e ficam em canis com capacidade para até 150 – 200 cães de uma vez, sem condições adequadas de higiene e supervisão veterinária. Por conta disso, muitos ficam doentes e até morrem.

Desde que teve início em 1973, a corrida Iditarod foi a causa da morte de mais de 150 cães, cinco deles no ano de 2017.

Quando os cães não são mais úteis para puxarem os trenós, eles são mortos ou abandonados.

Os cães que por alguma deficiência são incapacitados de correrem com os trenós, são baleados nas cabeças.

Além de tudo isso, cães que são submetidos a estas condições precárias, acabam desenvolvendo a agressividade.

Ativistas e defensores dos animais querem que essa crueldade acabe e muitas empresas que patrocinam essa corrida deixem de apoiá-la.

Ao longo da história, os cães têm sido amigos e leais trazendo benefícios para o ser humano. Em contrapartida, ainda existem práticas que se opõem ao bem-estar e à dignidade desses animais, e que por isso devem ser erradicadas.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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