Significado da Árvore de Natal: origem, tradição e história


Já parou para pensar onde se originou a tradição da árvore de Natal e os significados que este símbolo natalino encerra?

A história e a simbologia da árvore de Natal vem de longa data, desde a antiguidade, percorrendo do Oriente até o Ocidente.

Levando isso em conta, este conteúdo traz informações extraídas do History, sobre a origem e os significados da árvore de Natal.

Origem e história: De onde vem a tradição da Árvore de Natal?

As antigas civilizações que povoavam os continentes europeu e asiático, cerca de 3 mil anos antes de Cristo, consideravam as árvores como um símbolo divino. Tanto que eles realizavam cerimônias sagradas para reverenciá-las.

Segundo o misticismo deste povos, as árvores simbolizavam a aliança entre a Princípio Criador e a Mãe Terra.

Dos antigos ritos ancestrais até nossos dias, o simbolismo da árvore tornou-se tradição de Natal.

Veja alguns fatos que contribuíram para isso, e os significados da árvore de Natal em diversas culturas.

Simbologia Espiritual da Árvore de Natal

©Kelly Sikkema/Unsplash

©Kelly Sikkema/Unsplash

Proteção

Na Antiguidade era comum as pessoas em épocas festivas decorarem suas casas com pinheiros, abetos ou  sempre-vivas para afastar entidades maléficas, negatividades e doenças.

Renovação

Outro costume dos povos antigos era o de preparar festivais para o retorno do verão, reverenciando o deus Sol, utilizando para a decoração ramos e árvores que eram considerados símbolos de vida, renovação e um novo ciclo.

Eternidade

Os antigos egípcios adoravam o deus Rá, representado com a cabeça de um falcão, coroada com o Sol.

Para venerar esse deus, esse povo enchia suas casas de juncos verdes, que para eles representava o triunfo da vida sobre a morte.

Abundância

Os antigos romanos celebravam a festividade Saturnália em homenagem ao deus Saturno, o deus da agricultura.

Para celebrar essa época, eles decoravam suas casas e templos com ramagens verdes.

Sabedoria

Os druidas, sacerdotes do povo celta, decoravam seus templos com galhos verdes, como simbologia da imortalidade dos deuses.

Ademais, o povo celta era muito ligado à natureza, consideravam as árvores fontes vivas de sabedoria.

Xamanismo

De acordo com o antropólogo John Rush, a simbologia da árvore de Natal tem suas raízes nos rituais dos antigos xamãs, que envolvia os uso do cogumelo de amanita, detentor de propriedades psicoativas.

Para tal fim, eles coletavam esses cogumelos nos troncos dos pinheiros, os desidratava ao sol  e os colocava pendurados nos galhos de uma árvore.

Era também tradição presentear as pessoas com esse cogumelos.

Árvores de Natal em diversos países e culturas

Da ancestralidade para a atualidade, a árvore de Natal se tornou um símbolo conhecido no mundo inteiro e hoje figura em vários países:

Alemanha

Na Alemanha, a tradição de utilizar a árvore como simbolismo do Natal ocorreu a partir do século XVI.

Os alemães decoravam árvores em suas casas ou construíam pirâmides de Natal e as decoraram com sempre-vivas e velas. Também, era de praxe decorar um abeto com maçãs representando a Árvore do Conhecimento do Jardim do Éden.

No Ocidente, os alemães foram percussores da tradição da decoração natalina e da árvore de Natal que conhecemos hoje.

Outra contribuição dos alemães para a tradição do Natal, acredita-se que veio do alemão e criador do protestantismo Martinho Lutero, que teve a ideia de adicionar velas acesas para compor a decoração de Natal, junto com a árvore natalina.

Isso ocorreu quando ele refletia sobre um sermão, e ficou maravilhado ao olhar uma noite estrelada por entre as sempre-vivas. Então, ele resolveu reproduzir esta cena, erguendo uma árvore na sala de sua casa e prendendo em seus galhos velas acesas.

Estados Unidos

No século XVIII, a árvore de Natal foi trazida para a América do Norte pelos colonizadores alemães.

O primeiro registro de uma árvore de Natal na América, data do ano de 1747 pelos  colonos alemães que viviam em assentamentos na Pensilvânia.

Na década de 1890, a utilização das árvores de Natal crescia nos Estados Unidos.

Passado muito tempo, já no início do século 20, os norte-americanos decoravam suas árvores com enfeites caseiros e gradativamente esse símbolo foi sendo incorporado à celebração do Natal, tornando-se uma tradição norte-americana que acabou influenciando e virando moda em outros países.

Inglaterra

Na Inglaterra de 1846, a rainha Vitória, seu marido e filhos, foram retratados no Illustrated London News, em volta de uma árvore de Natal, o que ajudou a popularizar o uso desse símbolo natalino.

México

Na maioria das casas mexicanas, utiliza-se uma pequena árvore artificial, um galho de  Bursera microphylla ou algum tipo de arbusto campestre.

Grã-Bretanha

Na Grã Bretanha, que compreende os países Inglaterra, Escócia e País de Gales é costume natalino decorar a árvore da espécie Picea abies, popularmente conhecida como Espruce-da-Noruega ou Espruce-europeu ou Picea-europeia, uma conífera da família Pinaceae, originária do norte e centro da Europa.

Irlanda

Na Irlanda, as árvores de Natal são decoradas com luzes coloridas, enfeites e bugigangas, e as casas são enfeitadas com guirlandas, velas, azevinho e hera, além de pendurar na porta coroas de flores e visco.

Suécia

Na Suécia é mais comum decorar as árvores plantadas nas áreas externas das casas, colocando enfeites de estrelas, raios de sol e flocos de neve feitos de palha.

Noruega

Os noruegueses têm um ritual conhecido como “Circundar a árvore de Natal”, em que todos dão as mãos para formar um anel ao redor da árvore. Em seguida, caminham em volta da casa cantando canções de Natal. Só depois os presentes são distribuídos.

Espanha

Na Catalunha, comunidade autônoma da Espanha, é tradição natalina colocar avelãs, amêndoas, balas e doces no tronco de uma árvore para as crianças pegarem e se deliciarem com estas guloseimas.

Itália

Na Itália, sempre houve uma discussão entre os estudiosos do catolicismo se árvore de Natal é um símbolo cristão ou pagão?

Foi no ano de 1982 que a igreja católica oficializou em certo modo a árvore de Natal como símbolo natalício, quando o Papa João Paulo II enfeitou pela primeira vez a Praça São Pedro no Vaticano com uma árvore de Natal, além do tradicional presépio.

África do Sul

Na África do Sul, o Natal é comemorado na época do verão. Entretanto, o uso da árvore de Natal não é comum, mas costuma-se decorar as janelas com algodão e enfeites de Natal.

Filipinas

Como pinheiros naturais são muito caros e raros nas Filipinas, as árvores de Natal são feitas à mão de variados materiais, em variados tamanhos e cores.

Para a decoração de Natal, eles utilizam varas de bambu, papéis coloridos e borlas (ornamento de tecido no formato pendular contendo uma franja de linha). Pinheiros não existem em países tropicais pois são plantas de clima frio, no máximo temperado.

China

Pequena porcentagem de chineses comemoram o Natal e, quando o fazem, erguem árvores artificiais enfeitadas com lantejoulas, correntes de papel, flores e lanternas decorativas. Lá, as árvores de Natal são chamadas de “Árvores de Luz”.

Japão

Para a maioria dos japoneses, o Natal é uma celebração dedicada aos filhos. Por isso, as árvores de Natal são decoradas com pequenos brinquedos, bonecos, enfeites de papel, cata-ventos, lanternas de papel dourado, sinos de vento, velas e cisnes (símbolo de longevidade) de origami.

Brasil

No Brasil, a árvore de Natal se tornou uma tradição no início do século XX.

De lá para cá, surgiram diversas formas de ter uma árvore de Natal, das mais requintadas até as mais rústicas, utilizando para isso, a criatividade.

Vale lembrar que os pinheiros usados como árvore de Natal são plantas de clima frio que não gostam de calor. Então o jeito é adaptar e improvisar, o que importa é que a festa seja sustentável.

Criatividade + Sustentabilidade = Faça Você Mesmo a sua Árvore de Natal

E por falar em criatividade, que tal montar sua árvore de Natal, de forma econômica, sustentável e ecológica, reaproveitando diversos tipos de materiais?

Saiba como em:

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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