Governo da Coreia do Sul quer proibir o consumo da carne de cachorro 


Na Coreia do Sul existe o costume de comer carne de cachorro, um hábito alimentar que causa constrangimento internacional e indignação àqueles que amam os cães e os têm como companheiros, amigos e animais de estimação, principalmente para as novas gerações.

Levando isso em conta, o  presidente sul-coreano, Moon Jae-in, resolveu colocar em pauta a proibição do consumo de carne de cachorro em seu país.

Possibilidade de mudança

Segundo noticiado na plataforma coreana mk.co.kr, o presidente questionou ao primeiro ministro, em uma reunião realizada na segunda-feira, 27:

“Não é hora de considerar cuidadosamente a proibição de comer cachorros?

O governo planeja debater formas de proibir o consumo desse tipo de carne no próximo dia 30. 

Proteção animal na Coreia do Sul

Embora a lei de proteção animal que existe na Coréia do Sul venha atuando para prevenir o massacre cruel de cães e gatos, ela ainda NÃO conseguiu erradicar o consumo de cães.

No início de julho de 2018, a entidade Korea Animal Rights Advocates – KARA entregou uma petição à Casa Azul (Sede da Presidência) pedindo a proibição do consumo de carne de cães.

Em agosto desse mesmo ano, a filha do Presidente Moon,  Dahye, participou de uma manifestação contra comer cachorros.

Somando-se às essas ações, tramita na Assembleia Nacional um projeto de lei para proibir o consumo de cães (como revisão da Lei de Proteção Animal) proposto pelo deputado Han Jeong-ae, do Partido Democrata.

Resistência e oposição

A questão de comer cães é uma controvérsia de longa data, porque existem os interesses de quem produz e vende a carne dos cachorros, e os de quem compra e consome essa carne.

Nesse contexto, surge resistência e oposição à proibição legal do consumo de carne de cachorro, por isso, o governo coreano pretende analisar como implementar essa mudança.

Milhares de cães na Coreia do Sul vêm sendo criados em fazendas de pecuária para virarem alimento de humanos. A carne de cachorro faz parte da culinária sul-coreana há muito tempo, cerca de 1 milhão de cães são comidos anualmente, mas o consumo diminui à medida que mais pessoas abraçam estes animais como companheiros, em vez de alimentos.

Consumir carne de cachorro virou uma espécie de tabu entre as gerações, e a pressão dos ativistas pelos direitos dos animais vai aumentando à medida que essa consciência ganha espaço.

Reportagem sobre consumo de carne de cachorro

Veja a reportagem neste vídeo, do canal Uol, anunciando que presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, cogita possibilidade de parar o consumo carne de cachorro, em seu país.

Aviso: há cenas que causam impacto emocional. Então, em vez de ver, só ouça a notícia.

Todos os animais nasceram para viver

Estamos na torcida para que, de fato, as autoridades e cidadãos sul-coreanos revejam e acabem com este hábito cruel que deprime só de pensar que um cão possa ser abatido para virar comida de humano.

Infelizmente, essa crueldade também se estende aos ocidentais que não comem cachorro, mas comem carne de boi, de bode, de porco, de frango e de outros animais, por ignorarem que todos animais sofrem – são explorados, sentem dor, se emocionam, amam e querem viver – e não somente os gatos e os cachorros.

Por que comer cachorro é mais cruel que comer vaca? Por que comer morcego e cobra é nojento, mas comer porco é normal?

É preciso parar com todo e qualquer consumo de origem animal, porque todos os animais são seres sencientes e não merecem ser explorados pelo homem, porque o homem não é mais importante que as outras espécies (especismo).

Mas quem sabe é do cachorro que essa consciência vai se tomar força e se estender para todas as outras espécies.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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