Salvador proibirá sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais a partir de maio


A cidade de Salvador está se preparando para a implementação da Lei Municipal n° 9699/2023, que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais. A partir do dia 12 de maio, os comércios estarão autorizados a fornecer apenas sacos e sacolas plásticas recicláveis ou reutilizáveis, substituindo ou não fazendo uso das antigas embalagens, em consonância com esta nova regulamentação.

A medida, embora celebrada por ambientalistas e organizações que representam supermercados, está dividindo opiniões entre os residentes da capital baiana. Enquanto alguns apoiam a iniciativa como um avanço para a preservação do meio ambiente, outros expressam preocupações sobre possíveis aumentos de custos para os consumidores, já que os estabelecimentos podem optar por vender sacolas alternativas, de papel, material biodegradável ou reciclável.

A lei, proposta pelo vereador Carlos Muniz (PSDB), não especifica que tipo de sacolas alternativas devem ser disponibilizadas, apenas estabelece que devem ser “confeccionadas com mais de 51% de material proveniente de fontes renováveis.”

Isso gerou debates sobre a real intenção por trás da proibição e como ela pode afetar os hábitos de consumo e o ambiente urbano. Muitos acreditam que a medida serve apenas para vender sacola a R$0,50 a unidade.

Apesar das críticas de uns, outros veem a medida como um passo importante para alinhar Salvador a uma tendência global de redução do uso de plástico descartável e adoção de práticas mais sustentáveis.

De acordo com a Associação Baiana de Supermercados (Abase), a implementação desta lei está em linha com os esforços internacionais para combater a poluição causada pelo plástico nos oceanos e ecossistemas terrestres.

O Brasil, como o quarto maior produtor de plástico do mundo, enfrenta desafios significativos em relação ao descarte e gerenciamento adequado deste material. Diante disso, especialistas e defensores da causa ambiental ressaltam a importância de políticas públicas eficazes e de uma educação ambiental contínua para garantir o sucesso desta iniciativa e promover uma mudança de mentalidade em relação ao consumo e ao descarte de materiais plásticos. Em outras palavras, o consumidor deve começar a se acostumar a levar sempre consigo uma bolsa reutilizável para fazer as compras.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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