Homens transmitem mais doenças para animais do que o contrário, revela estudo


Uma pesquisa inovadora da University College London (UCL) desafia a visão tradicional sobre a transmissão de doenças entre humanos e animais. O estudo, que analisou 12 milhões de sequências de genomas virais, descobriu que os saltos de patógenos de humanos para animais (antroponose) são cerca de duas vezes mais frequentes do que os de animais para humanos (zoonose).

Isso significa que, por mais que nos preocupemos com doenças como COVID-19, gripe aviária e Ebola, que são transmitidas de animais para humanos, os seres humanos podem estar representando uma ameaça ainda maior para a saúde animal.

A pesquisa tem implicações importantes para a compreensão de como as doenças surgem e se espalham. Ao invés de focar apenas na prevenção de zoonoses, os cientistas agora precisam considerar o papel crucial que os humanos desempenham na antroponose.

Alguns dos principais pontos do estudo:

  • Homens transmitem mais doenças para animais do que se pensava. A antroponose é um fenômeno mais comum do que a zoonose.
  • Isso pode ter consequências graves para a saúde animal e humana. A transmissão de doenças para animais pode levar à perda de biodiversidade, à insegurança alimentar e até mesmo ao retorno de doenças para os humanos.
  • Precisamos repensar a forma como nos relacionamos com os animais. É fundamental considerar o impacto que nossas atividades podem ter na saúde animal e tomar medidas para prevenir a antroponose.

Este estudo é um divisor de águas na pesquisa de doenças infecciosas. Ele nos alerta para a necessidade de uma abordagem mais holística para a saúde pública, que leve em consideração a interconexão entre humanos, animais e o meio ambiente.

O estudo Frequent jumps from human hosts foi publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution

Fonte: UCL News

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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