O Zimbábue acaba de autorizar a venda de direitos à caça de elefantes em risco de extinção.
A medida foi tomada na tentativa de retomar o turismo, que foi afetado pela pandemia de Covid-19, como divulgou o site espanhol Ecoosfera.
De acordo com a CNN, a porta-voz da Gestão de Parques e Vida Silvestre do país africano, Tinashe Farawo, informou que a baixa no turismo fez com que a venda de direitos de caça a até 500 elefantes ameaçados de extinção fosse autorizada. Nas palavras de Farawo: “comemos o que matamos”.
O elefante africano está na lista de espécies ameaçadas de extinção, por isso, os defensores ambientais estão condenando essa liberação. O porta-voz do Centro para a Governança dos Recursos Naturais, Simiso Mlevu, uma organização de direitos dos animais e do meio ambiente no Zimbábue, condenou veementemente a decisão que autoriza a caça aos elefantes.
Infelizmente, tal prática acontece em outros países do continente africano, que encontram nessa solução uma saída para lidar com os seus problemas econômicos. Em dezembro de 2020, a Namíbia colocou à venda 170 elefantes com o objetivo de evitar conflitos entre a sua população, devido à escassez de água no país.
Não se trata apenas de um problema restrito a países africanos, visto que a maioria dos caçadores e colecionadores chega da Europa para fazer esse tipo de turismo.
E pensar que por um momento acreditamos que a pandemia fosse salvar a natureza da ignorância humana. Ledo engano!
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Categorias: Animais em extinção
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