Fit for 55: Europa quer reduzir emissões de CO2 em pelo menos 55% até 2030


A Comissão Europeia apresentou, nessa quarta-feira, um pacote de propostas legislativas para criar um acordo verde entre os seus membros.

O plano, batizado de “Fit for 55”, tem como meta principal fazer com que os países europeus reduzam as emissões de CO2 em pelo menos 55% até 2030. Entretanto, alguns setores já mostraram o seu descontentamento, como o da navegação e aviação.

Um dos pontos forte do Fit for 55 trata-se do Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia (UE), que é o maior mercado de carbono do mundo. O objetivo é atualizá-lo para aumentar a sua eficiência concedendo licenças de emissão gratuitas para alguma atividades. Em entrevista à Eueronews, Sam van den Plas, do Carbon Market Watch, um grupo de campanha ambiental especializado em políticas de precificação de carbono, avaliou que:

“Os poluidores deveriam pagar pelas emissões de gases de efeito estufa, o que atualmente não é o caso. Mais de 90% de todas as emissões provenientes de setores como o aço, cimento e produtos químicos são basicamente cobertas por licenças de emissão gratuitas”.

Uma das mudanças propostas pelo novo Sistema de Comércio de Emissões da UE envolve o transporte marítimo, que não está tipificado em nenhum sistema de redução de emissão de carbono, ainda que seja responsável por cerca de 13% de todas as emissões da UE no ramo de transportes.

O plano também endureceu as condições para a aviação em voos entre os países da UE. Essas medidas, que visam a reduzir o uso de combustíveis fósseis até a metade deste século, são uma nova forma de organização para a economia mundial. Nas palavras da presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen:

“A economia europeia baseada em combustíveis fósseis chegou ao fim”.

Que esse pontapé iniciado pela UE se espalhe por todo o mundo e logo!

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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