Cataratas gigantes secam no Zimbábue: o que está acontecendo?


As Cataratas de Vitória, no Zimbábue, tem uma dimensão de 1,7 km e altura superior a 100 metros. O conjunto de cachoeiras é conhecido como uma das maiores cataratas africanas. Mas elas secaram! O que está acontecendo?

A queda d’água das cataratas é formada pelo rio Zambezi, que cai sobre um precipício chamado Primeiro Desfiladeiro, esculpido pela ação da água sobre rochas vulcânicas. Desde dezembro de 2019, essa exuberante queda d’água vem secando, dando lugar a apenas filetes de água.

Segundo a BBC, essa diminuição do fluxo hídrico preocupa não apenas pelo futuro das Cataratas de Vitória como por todo o clima na África.

O abastecimento de água também foi prejudicado com a seca, assim como as colheitas, levando agências humanitárias a alertarem sobre a insegurança alimentar da população local.

O relatório da ONU sobre O Estado do Clima na África, de 2019, já desenhava um cenário preocupante para o continente devido às mudanças climáticas.  O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, analisa que:

“Mudanças climáticas estão tendo um impacto crescente no continente africano, atingindo com mais dureza os mais vulneráveis, e contribuindo para a insegurança alimentar, o deslocamento de populações e o estresse sobre recursos hídricos. Nos últimos meses, vimos enchentes devastadoras, invasões de gafanhotos do deserto e, agora, a perspectiva de secas, por causa do La Niña”.

A estimativa é que a África seja o continente mais afetado pelas mudanças climáticas e, também, o com menos recursos para enfrentá-las.

Talvez te interesse ler também:

Elon Musk tem Síndrome de Asperger: chega de preconceito

Brasileiros transformam esgoto e resíduos agroindustriais em eletricidade

Chega de crueldade: veja alternativas ao uso de animais em laboratórios

Fonte e foto: BBC




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...