Já estamos usando das reservas vindouras do Planeta


Ontem, 13 de agosto, chegamos ao zero do ano – quer dizer, zeramos tudo o que poderíamos consumir do nosso planeta, considerando a taxa de reposição natural atual, quer dizer, já estamos consumindo emprestado sobre o orçamento planetário do próximo ano. Ou seja, o planeta, como sistema vivo, não consegue mais repor o que nós, humanos, gastamos.

É como numa casa, quando a gente gasta mais do que ganha, um dia a conta estoura, a casa cai, cortam a luz, a água, etc e tal. E aí? Você vai fazer o quê quanto a isso?

É fundamental reduzir o consumo, equilibrar os gastos, dividir os recursos, distribuir a renda – tudo isso faz parte do equilíbrio ambiental planetário pois, enquanto vivermos numa sociedade consumista, que produz para vender, trabalha para comprar, usa da obsolescência programada para vender mais, ou sejam enquanto a sociedade permanecer consumista, descompromissada com o meio ambiente futuro e o sistema predominante for o capitalismo, realmente não teremos futuro.

No Brasil, segundo dados da WWF, a pegada ecológica média é de 2,9 ha globais por habitante. A média mundial é de 2,7 ha. E com as diferenças gritantes que existem, isso só pode querer dizer que uns gastam horrores e todos gastamos muito, muito mais do que o planeta suporta. Se pensarmos em termos mundiais, todos já sabem que a humanidade consome 50% além da capacidade anual de reposição do planeta.

Em novembro/2015, Paris será o palco da próxima Cúpula do Clima, a COP21, e se espera que, desta vez, os dirigentes entrem em acordo pois a pressão já é imensa, não só dos povos, dos movimentos mas, evidentemente, das questões climáticas e ambientais, que são iniludíveis. A situação nossa vem se agravando, as temperaturas aumentando, os furacões acontecendo onde antes nem sequer ventava, o inverno se transformando em verão, o verão na Europa beirando os 40 graus, os países nórdicos anunciando uma nova era do gelo para daqui há 15 anos – e 15 anos, gente, não é nada – e a faixa de desertificação aumentando estrondosamente no mundo todo, belo cinturão amarelo ocre que se vê nas imagens satélite.

Repensar nosso modelo de vida, pessoal, e adotar um sistema econômico compatível, é fundamental.

Não se trata só de reduzir as emissões de CO2 na atmosfera mas também, reduzir drasticamente a produção de resíduos, em geral. A Terra já não agüenta mais lixo, a Terra já não suporta mais a retirada de combustíveis fósseis do seu subsolo, a Terra já não suporta mais a contaminação de solos, águas e seres vivos pelo uso de agrotóxicos, a Terra já não suporta uma sociedade de consumo pois, para produzir assim, para tanto derroche, é preciso extorquir o que o planeta repõe para além de roubar na equidade.

Leia também: O PLANETA NÃO SUPORTA MAIS LIXO

Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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