Relógio do Apocalipse: estamos a 90 segundos do mundo acabar


Todos os anos, no final de janeiro, os ponteiros do Relógio do Apocalipse, ou do Relógio do Juízo Final, são ajustados. Trata-se de uma metáfora que expressa o quanto, simbolicamente, humanidade está se aproximando do fim, ou seja, de uma catástrofe global, como uma guerra nuclear que nos levaria à autodestruição.

Relógio do Apocalipse. Relógio do Juiz Final

Relógio do Apocalipse. Relógio do Juizo Final

Esse ano, o Relógio do Apocalipse anuncia uma alarmante proximidade com possíveis desdobramentos catastróficos para a humanidade, marcando 90 segundos para a meia-noite (a hora do fim). O relógio apocalíptico, que é gerenciado pelo Conselho de Ciência e Segurança (SASB) do Bulletin of the Atomic Scientists, permanece em uma posição crítica, alertando para os crescentes desafios que ameaçam a existência humana.

Depois da melhoria em 2019 (120 segundos para a meia-noite), 2022 (100 segundos) e 2023 (90 segundos), os pesquisadores do conselho concordaram em não avançar mais o relógio, mas isso não significa de forma alguma que vivemos em um mundo mais seguro do que no ano passado. Na verdade, as ameaças à nossa existência continuam a aumentar e a amplificar-se, aproximando-nos cada vez mais de uma possível catástrofe.

“Não se engane: acertar o relógio para 90 segundos à meia-noite não é uma indicação de que o mundo está estável. Muito pelo contrário. Há uma necessidade urgente de ação dos governos e das comunidades em todo o mundo. E o Boletim continua confiante – e inspirado – para ver as gerações mais jovens liderando o ataque”, disse em um comunicado à imprensa Rachel Bronson, presidente e CEO do Bolletin, um comitê composto por cientistas, vencedores do Nobel e especialistas de diversas disciplinas científicas, jurídicas e humanísticas.

A decisão de manter as agulhas do relógio a apenas 90 segundos da meia-noite reflete a persistência de ameaças globais, incluindo conflitos geopolíticos, mudanças climáticas e avanços tecnológicos. Esse posicionamento destaca a necessidade urgente de ações coletivas para enfrentar esses problemas prementes, antes que alcancemos um ponto simbólico do não retorno.

Entre os eventos que impulsionaram o relógio indicar a proximidade do fim incluem as guerras em curso, o agravamento das mudanças climáticas e os avanços tecnológicos, como a inteligência artificial que intensificaram os riscos existenciais nos últimos anos.

Enquanto os especialistas instam as principais potências mundiais a dialogar e abordar essas ameaças, o “Relógio do Apocalipse continua sua contagem regressiva, alertando para a necessidade urgente de ações coordenadas para evitar um desfecho potencialmente desastroso. A humanidade está a beira do colapso, e a resposta a esses desafios críticos determinará o destino que aguarda nosso planeta. O que você acha disso? Esse relógio está pontual?

Fonte: The Bulletin

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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