Europa prestes a por fim à era do abate de animais para consumo de carne


Vitória! Em 27 de abril, a Comissão Europeia decidiu registrar e aprovar uma Iniciativa de Cidadania Europeia (ICE) chamada “End The Slaughter Age” (Pare a Era do Abate).

Trata-se de uma recolha de assinaturas que visa eliminar os subsídios à pecuária e que terá início dia 5 de junho.

Mas não é uma simples petição para banir as explorações animais e as ajudas financeiras europeias que fomentam a pecuária. É um ato jurídico que visa canalizar esses fundos para alternativas mais verdes e sustentáveis que não envolvam matança de animais.

A data foi escolhida pela comissão organizadora por coincidir com o dia dedicado à conscientização sobre os direitos dos animais, que se comemora no primeiro domingo de junho.

1 milhão de assinaturas

Para alcançar o objetivo proposto, a organização internacional End The Slaughter Age pretende coletar pelo menos 1 milhão de assinaturas de sete estados membros da União Europeia em um ano, quantidade mínima necessária para que a Comissão Europeia se mova.

Sendo a pecuária uma das atividades que mais emitem gases de efeito estufa na atmosfera, a iniciativa visa fomentar a transição para uma nova era: a das práticas éticas, sustentáveis ​​e saudáveis ​​para o benefício de todos: animais, humanos e o planeta.

Carne sintética

Assim, um dos principais objetivos é parar a criação e o abate de gado e promover a carne sintética de laboratório.

“Carne vegetal e carne cultivada produzem mais de 90% menos emissões de gases de efeito estufa, para a mesma quantidade de carne produzida, e requerem muito menos recursos, ou seja, terra, água, etc.”, declarou o presidente da organização Nicolas Micheletti.

Só que não é bem assim.

Estudos recentes dizem que a carne de laboratório pode ser um tiro no pé. Com certeza é ótima pelo fim do sofrimento animal mas, em termos de redução de CO2, não é bem assim, porque os laboratórios precisam ser super esterilizados o que requer altos custos energéticos.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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