Larva da farinha come plástico e excreta resíduo biodegradável


Foi identificada uma larva que pode ajudar na redução dos resíduos plásticos que estão espalhados pelo nosso planeta. Trata-se da Tenebrio molitor, também conhecida como “larva de farinha”, que além de consumir isopor (poliestireno expandido) também se alimentam de outros tipos de poliestireno que não se sabia serem biodegradáveis, até o momento.

O estudo responsável por estas afirmações foi publicado na Environmental Science and Technology e a investigação de base, orientada por um professor de Stanford, Craig Criddle, verificou que é vi é viável a alimentação dessas larvas com pedaços de plástico feito de poliestireno. As Tenebrio molitor possuem alguns micróbios em seu intestino que possibilitam a conversão do plástico em dióxido de carbono e os resíduos desta digestão são excretados pelos bichinhos na forma de resíduos biodegradáveis.

Segundo o relatório, as larvas de farinha assim alimentadas mantiveram-se saudáveis tanto quanto as outras, de controle, com a dieta normal e as suas excretas, tão seguras que podem ser usadas como adubo para plantas.

Já é muito importante conhecer essas larvas que comem poliestireno mas, mais ainda será interessante poder-se identificar os microorganismos responsáveis pela sua degradação digestiva e a possibilidade de se recriar esse processo. “Nossos resultados têm aberto uma nova porta para resolver o problema de poluição de plástico no mundo”, diz o engenheiro de pesquisa, Wei-Min Wu, da Universidade de Stanford, nos EUA

O plástico é um dos principais produtos da vida humana que são despejados em aterros sanitários e menos do 10% do seu total é reciclado. Por outro lado, o plástico contamina solo e águas, ameaça ecossistemas e compromete a vida de animais marinhos, mamíferos e aves, que os engolem sem poder distinguir se são ou não pedaços de comida.

O poliestireno é um polímero de estireno, uma resina do grupo dos termoplásticos, de grande flexibilidade e moldalidade. É com esta resina que se fazem, por exemplo, os copos descartáveis, os lacres de barris de chope e vários tipos de embalagem e utilidades domésticas. O isopor, que é poliestireno expandido, é um produto não reciclável e de amplo uso na construção civil, como isolante, entre outros.

Na natureza, sem a ajuda das “larvas da farinha”, o poliestireno pode demorar mais de 150 anos para se decompor, segundo a Univap.

Porém, ainda é cedo para se saber se essas larvas, ao serem consumidas por outros animais, e seu efeito nas cadeias alimentares. Mas, para já, as possibilidades são promissoras abrindo caminho para outros estudos que aprofundem estas perguntas.

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Fonte e foto: pubs.acs.org




Redação greenMe

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