Ovo cozido VEGANO existe! E foi criado por 4 estudantes universitárias


Ovo vegano existe é a 100ª patente da Universidade de Udine. A criação certamente será objeto de árduas discussões entre vegetarianos, onívoros e veganos.

O nome pode parecer impróprio porque o “ovo” é um dos alimentos de origem animal, dos quais os veganos não se alimentam mas, então por que criar um alimento que “parece mas não é”?.

O ovo vegano vem pronto para comer e é adequado, de acordo com os seus criadores, àqueles que, por escolha ou intolerância, não comem ovos. Mas não somente isso. Sendo livre de colesterol e de glúten, o produto também pode ser consumido por pessoas que sofrem de hipercolesterolemia ou de doença celíaca (ainda que os celíacos possam, de qualquer forma, consumir ovos de galinha).

O ovo vegano é feito inteiramente com ingredientes naturais e vegetais, principalmente proteínas, derivados de diferentes farinhas, óleos vegetais, um agente gelificante e um sal especial, e é o resultado de um ano e meio de experimentação. Ele foi concebido por quatro alunas do curso de Mestrado em Ciências da Alimentação e Tecnologias Alimentares do ateneu italiano.

“É um produto refrigerado, pronto para comer, para ser usado em salada ou em combinação com vários molhos”, lê-se no comunicado oficial da Universidade de Udine.

Explicaram as criadoras:

“O setor de interesse é a indústria de alimentos, especialmente empresas que já produzem produtos destinados a consumidores veganos ou alimentos funcionais. Pode ser vendido em lojas de alimentos orgânicos, vegetarianos ou veganos, mas também em qualquer supermercado dada a crescente demanda desses produtos pelos consumidores. No desenvolvimento do produto, as dificuldades não foram poucas, especialmente de natureza tecnológica bem como a escolha dos ingredientes. Foram necessários inúmeros testes para obter a formulação ideal em termos de consistência e sabor do produto acabado”.

Nas próximas semanas, a patente iniciará seu percurso de comercialização e será apresentada às empresas locais interessadas em adquirir o procedimento.

Mas na Itália a discussão promete ser dura porque ali, os produtos puramente vegetais não podem, a princípio, ser comercializados com os nomes de “leite” (como leite de soja), “creme de leite”, “manteiga”, “queijo” ou “iogurte” nomes reservados ao produtos de origem animal, mesmo que essas denominações sejam complementadas por indicações explicativas ou descritivas que indiquem a origem vegetal do produto em questão (creme de leite vegetariano, por exemplo).

A questão que se levanta é: será que os veganos têm interesse em comprar um produto que “parece mas não é”? E este com certeza não é o primeiro produto do gênero (até carne sintética estão inventando, leia abaixo). E será que tais produtos podem ajudar àqueles que querem se tornar vegetarianos/veganos e não conseguem?

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Redação greenMe

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