Coronavírus: o que se sabe sobre a nova variante de BH?


O anúncio, ontem, de uma nova cepa do Sars-Cov-2, conhecida como variante de BH, foi recebida com preocupação.

Essa possível nova variante foi identificada por pesquisadores do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Prefeitura de Belo Horizonte.

Após a descoberta, os cientistas afirmam serem necessários mais estudos para compreender as características da nova cepa.

Até o momento, a equipe já conseguiu identificar que a nova variante tem características semelhantes a outras quatro:

  • P.1, descoberta em Manaus;
  • P.2, identificada no Rio;
  • B.1.1.7, do Reino Unido;
  • e a sul-africana B.1.1.351.

Isso significa que a variante encontrada na capital mineira apresenta riscos maiores de infecção e morte, assim como as demais. O virologista da UFMG Renato Santana explicou ao G1 que:

“É importante dizer que ela tem características comuns com as variantes que já estavam circulando no Brasil, mas também tem novas características. É como se essas variantes estivessem evoluindo”.

Quando e onde

Os novos estudos estão sendo realizados para descobrir quando e onde essa nova variante surgiu. Mas as suas causas provavelmente estão associadas ao aumento da circulação das demais variantes do vírus, já que, toda vez que ele se multiplica, pode sofrer mutações.

Por isso, a adoção do isolamento social e a ampliação da cobertura de vacinação precisam ocorrer no mesmo passo e de forma acelerada. Cada vez mais fica evidente – se é que já não estava – a necessidade de ser decretado um lockdown nacional, conforme sugerem vários especialistas, para que o Brasil possa, de forma coordenada, brecar os recordes mundiais de mortes por Covid que têm ocorrido diariamente.

Um exemplo da eficácia do lockdown é Araraquara-SP, cujo prefeito, Edinho Silva (PT), decretou a medida por dez dias após um surto epidêmico na cidade. O resultado da ação foi que por dois dias consecutivos o número de óbitos por Covid-19 chegou a zero.

Hospitais lotados

O vírus está se multiplicando em progressão geométrica por todo o país. Por isso, procure ao máximo manter-se isolado e seguir com as regras de higiene pessoal para evitar ser infectado. Os hospitais, em todo o Brasil, já estão com a ocupação de leitos de UTI e enfermaria acima de suas capacidades.

O único lugar seguro, dizem os especialistas, é mesmo dentro de casa.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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