O coronavírus não gosta de pessoas de tipo sanguíneo O: dois estudos revelam


Não é a primeira vez que se fala disso. Anteriormente, outras pesquisas relacionaram o tipo sanguíneo à suscetibilidade de desenvolver a Covid-19. Mas estas duas pesquisas são ainda mais recentes, acabaram de ser publicadas ontem, quarta-feira, 14, na revista Blood Advances.

Enquanto a Europa segue rumo a um novo lockdown, o coronavírus continua sendo um mistério. Não tem vacina, não tem tratamento e nem tem respostas para as muitas perguntas que ainda se faz sobre o vírus.

Por exemplo, isso: pessoas com sangue do tipo O parecem de fato ser menos vulneráveis ​​a desenvolver a Covid-19, bem como teriam uma probabilidade menor de terem complicações com a doença.

Ninguém entendeu ainda o link entre uma coisa e outra, e os pesquisadores dizem que mais pesquisas são necessárias

Os estudos

Um estudo dinamarquês avaliou que em 7.422 pessoas testadas positivas para a Covid-19, apenas 38,4% eram do tipo sanguíneo O e 44,4% do grupo A.

Um outro estudo, desta vez canadense, descobriu-se que entre 95 pacientes com Covid-19 em estado grave, uma proporção maior com sangue tipo A ou AB – 84% – necessitou de ventilação mecânica em comparação com pacientes com grupo sanguíneo O ou B, que era 61%.

Ademais, pacientes com sangue tipo A ou AB tiveram uma permanência mais longa na unidade de terapia intensiva com relação aos pacientes de tipo sanguíneo O.

As evidências parecem claras embora misteriosas, mas como alertou para a CNN o Dr. Mypinder Sekhon, professor e médico no Vancouver General Hospital e um dos autores do estudo canadense:

“Não acho que isso substitua outros fatores de risco de gravidade, como idade e co-morbidades e assim por diante”.

“Se você for do grupo sanguíneo A, você não precisa entrar em pânico. E se você for do grupo sanguíneo O, você não está livre para ir a pubs e bares.”

As descobertas são importantes para entender o comportamento do vírus, bem como para identificar quais fatores desempenham papel crucial no desenvolvimento da doença.

Ademais, entender o papel dos tipos sanguíneos na defesa e na suscetibilidade em outras doenças também é importante. A literatura médica já vem estudando isso há tempos, e agora, com a Covid-19, novas informações teremos e cada vez mais, melhor preparados estaremos para enfrentar e tratar doenças.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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