Esperança: dexametasona, o medicamento que tem se mostrado eficaz no tratamento da Covid-19


Um medicamento barato e já disponível no mercado pode ajudar a salvar pacientes da Covid-19.

Trata-se da dexametasona, um medicamento já usado para reduzir a inflamação em uma variedade de outras enfermidades. Ao que parece, ela é capaz de interromper alguns dos danos que podem ocorrer no sistema imunológico enquanto tenta combater o coronavírus, informa a BBC.

De acordo com especialistas do Reino Unido, o tratamento com baixa dose de dexametasona pode ser um importante passo na luta contra o vírus. Ela está sendo testada com outras drogas no maior teste do mundo para verificar qual pode ser eficaz no combate à Covid-19.

Os testes mostram que a dexametasona reduziu o risco de morte em um terço dos pacientes em ventiladores e em um quinto daqueles que usam oxigênio.

Os pesquisadores estimam que, se o medicamento tivesse sido usado no Reino Unido desde o início da pandemia, cerca de 5.000 vidas poderiam ter sido salvas.

O investigador-chefe da pesquisa, Peter Horby, disse que:

“Este é o único medicamento até agora ter demonstrado que reduz a mortalidade – e a reduz significativamente. É um grande avanço”.

Outra vantagem da droga é o seu baixo custo, podendo ser amplamente disponibilizada para pacientes de países pobres, conforme esclarece o pesquisador principal, Martin Landray:

“Existe um benefício claro e claro. O tratamento é de até 10 dias de dexametasona e custa cerca de 5 libras por paciente. Portanto, basicamente custa 35 libras para salvar uma vida. Este é um medicamento que está disponível globalmente”.

Entretanto, a dexametasona não se mostra muito eficaz no tratamento de pacientes com sintomas leves do coronavírus.

A dexametasona é uma droga conhecida desde a década de 1960. Ela vem sendo usada, desde então, no tratamento de artrite reumatóide e asma. O medicamento é administrado por via intravenosa em terapia intensiva e em forma de comprimido para pacientes menos graves.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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