Bebidas diet não ajudam a perder peso, ao contrário, elas podem engordar


Até mesmo quem não busca perder peso, possivelmente já ouviu falar dos refrigerantes e bebidas diet. Embora o maior benefício anunciado destes produtos seja a substituição de açúcar por adoçantes numa tentativa de auxiliar o emagrecimento, uma pesquisa recente mostrou que os efeitos podem ser completamente contrários aos desejados. Segundo a pesquisa, bebidas diet podem engordar por aumentar o apetite.

A pesquisa publicada no International Journal of Obesity descreveu que os efeitos que as bebidas diet ou dietéticas causam no organismo são alarmantes. Segundo a pesquisa, as bebidas e refrigerantes diet podem aumentar a fome e o desejo de comer. Isso significa que mesmo que possam estar livres de açúcar, resultarão no ganho de peso.

“A energia poupada quando há ingestão de bebidas (diet) com adoçante artificial não-nutritivo é totalmente compensada em refeições subsequentes, segundo esse estudo, assim não foi notada nenhuma diferença entre outros tipos de ingestão de açúcar”, relata dr. Siew Ling Tey da Agency for Science, Technology and Research de Singapura.

No estudo, 30 homens receberam bebidas de 500 ml aleatórias que poderiam conter adoçante artificial não-nutritivo (como o aspartame) entre outros elementos para adoçar. Os que beberam as bebidas diet consumiram cerca de 80 calorias a mais na hora de almoçar. Ou seja, os que receberam aspartame ingeriram significativamente mais que outros que receberam a bebida com açúcar ou outro elemento.

Segundo o estudo, uma das principais preocupações é com a ingestão e o consumo de adoçantes não-nutritivos como o aspartame, pois como não propiciam a energia necessária para o corpo, o organismo sente a necessidade de ingerir mais alimentos posteriormente. Além disso, foi percebido que após a ingestão de alimentos, os que haviam tomado as bebidas diet tiveram um aumento de níveis de açúcar muito maior do que os que receberam bebidas com açúcar.

O que diz a indústria

Como anunciado nos reclames convencionais, um dos maiores chamarizes das bebidas diet é o fato de terem menos açúcar (ou nenhum). Ao menos em teoria, isso é extremamente auxiliar para quem busca perder peso ou mesmo para quem sofre com diabetes. Para Gavin Partington, diretor geral da British Soft Drinks Association o consumo de bebidas diet pode ser considerado seguro, pois “décadas de pesquisas científicas mostraram que os adoçantes de baixa caloria encontrados nas bebidas diet ajudam os consumidores a controlar seu peso em uma dieta regulada”.

Em termos práticos, para os fabricantes o problema não está no adoçante presente nas bebidas diet, mas sim na decisão de ingerir mais ou não durante as refeições. Esta visão, de acordo com o novo estudo, não está correta, pois a necessidade de maior ingestão de alimentos é despertada justamente como reação ao consumo de aspartame ou outros adoçantes da mesma natureza.

Hábitos saudáveis para uma vida saudável

Não há dúvidas de que a indústria alimentícia estará sempre pronta para atender as necessidades de todos os tipos de consumidores. Mais importante do que depender de produtos industrializados diet, é ter a consciência de que a escolha realmente existe. Embora refrigerantes possam ser gostosos vez ou outra, eles não farão bem para a saúde, diet ou não, pois contêm as assim chamadas, calorias vazias.

As evidências estão por toda parte, basta observar. Talvez, mais certo do que dizer que alimentos naturais curam, seja evidenciar que alimentos industrializados matam. Na lógica da biologia, se olharmos para os alimentos que a natureza nos dá, perceberemos que são repletos de vitaminas, minerais e nutrientes essenciais para o corpo, enquanto os industrializados estão eivados de química prejudicial. Por fim, prefira um suco natural, pois além de ser extremamente superior ao refrigerante artificial, estará cheio de nutrientes que farão muito bem para a saúde, ajudando até mesmo a perder peso.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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