Dieta saudável para uma longa e boa vida


O que a gente come diariamente tem muito a ver com hábitos culturais. Mas também tem a ver com a disponibilidade real dos alimentos, em cada lugar. Antigamente os alimentos eram mais saudáveis, se comia menos, se andava mais a pé. Hoje há fartura de alimentos industrializados, veneno por todo lado e sedentarismo. Temos de fazer alguma coisa urgentemente!

Aqui apresento um estudo sobre gorduras na alimentação para te ajudar a entender o que faz mal, o que é necessário, o que não se deve comer. Então, é preciso saber o que é bom para poder escolher. Em algumas regiões do mundo é tradição o consumo de peixes de águas frias – os seus mares e rios são frios, obviamente – e em outras, usar o azeite de oliva como única ou principal gordura – claro que isso ocorre nos países mediterrânicos, produtores de azeitona e azeite.

Nozes, amêndoas e outras oleaginosas do tipo também entram nas dietas de muitos povos, em lugares onde estes frutos são produzidos. Nós, no Brasil, temos frutas, verduras, mar e rios e, no entanto, estamos habituados a uma dieta pesada que herdamos dos europeus que nos colonizaram. Fazer o quê? Mudar os hábitos e abolir a comida temperada com muita gordura de porco, saturada de carne de vaca, frituras e doces açucarados.

Mas, nada disso seria tão ruim assim se não fossem os “acréscimos” que a industrialização incorporou ao alimentos: hormônios em todos os tipos de carne produzida na agroindústria, conservantes em todos os alimentos embalados que se encontram nos supermercados, gorduras hidrogenadas, saturadas ou sintéticas (como as margarinas). Acontece que a lógica do mercado não tem mesmo nada a ver com a necessidade alimentar da população. O mercado quer vender mais, com preço mais alto, e por isso acrescenta esses malefícios de que falei acima.

Um novo estudo publicado no Jama Internal Medicine confirma que as gorduras saturadas, realmente, não são nada recomendáveis para a preservação da saúde humana, como já se desconfiava e proclamava. Este estudo, após um enorme número de casos avaliados, concluiu que a ingestão de gorduras saturadas está diretamente relacionada com uma série de doenças que podem levar à morte e que, o consumo de gorduras insaturadas reduz a mortalidade entre 11% e 19%.

Este estudo foi feito em longo prazo, 32 anos, e contou com a amostragem de mais de 126 mil pessoas que foram questionadas sobre o seu estado de saúde, dieta e estilo de vida (replicado a cada 2-4 anos). Desta forma, os pesquisadores foram capazes de avaliar o risco de morte relacionada com os hábitos alimentares da amostra analisada com especial atenção para os diferentes tipos de gordura constante na sua dieta. É o maior estudo já realizado no mundo sobre os diferentes tipos de gordura e a sua relação com a saúde humana.

As recomendações do estudo em questão são: dar total preferência a uma alimentação rica em gorduras insaturadas (mono ou polinsaturadas) como o azeite de oliva extra-virgem, as nozes, as sementes oleaginosas (sementes de girassol, sementes de linhaça, etc), os peixes de água fria (que são ricos em ácidos graxos essenciais como o ômega.

Os resultados foram muito claros e os pesquisadores recomendam que se dê total preferência ao uso de gorduras insaturadas. Esta afirmação é verdadeira tanto para a gordura mono-insaturada, presente no azeite de oliva, seu principal representante, como no azeite de dendê, o abacate e o amendoim como para as gorduras poli-insaturadas, das quais o ômega-3 e o ômega-6 são essenciais para que o seu sistema imunológico seja resistente e sua pele saudável. O ômega-3 é encontrado em peixes de água fria, como o salmão, as sardinhas e o arenque, também no óleo de linhaça. Já o ômega-6 existe no óleo de girassol, de soja e sementes oleaginosas diversas.

Quanto às gorduras saturadas presentes em alguns alimentos de origem animal (carne vermelha, banha, manteiga, leite, queijos, etc.) devem ter sua ingestão limitada e, devem ser evitadas todas as gorduras trans encontradas em muitos alimentos embalados (margarinas, batatas fritas, nozes, salgadinhos, fast foods, etc.).

A última dica é evitar, tanto quanto possível, o açúcar refinado que, de acordo com este estudo, e não só, aumenta também o risco de morte.

Mas, é preciso bom senso já que, se os produtos que contêm gorduras insaturadas disponíveis na sua região são de origem duvidosa vai ficar difícil você manter a saúde. Veja, por exemplo, se os alimentos de que você dispõe não são orgânicos, os azeites não são extra-virgem prensados a frio, os óleos de cozinha industrializados são extraídos com solventes ou a elevadas temperaturas, os peixes de água fria são de criadeiro não orgânico, o mar onde você pesca está saturado de contaminantes, enfim, se a proveniência não lhe dá garantia de saúde, então não vale a pena, não é?

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Redação greenMe

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