Qual é a sua verdadeira idade?


A idade biológica pode ser um bom indicador da saúde das pessoas, em vez da sua idade cronológica que geralmente se tem como referência. A este respeito, um grupo de investigadores em Londres desenvolveu um novo teste de sangue para calcular o envelhecimento real das nossas células e os riscos associados a isto.

A equipe do Kings College de Londres, liderada por James Timmons, desenvolveu um teste muito especial que analisa a composição do RNA, o mensageiro do nosso código genético. Chegou-se a identificar 150 genes associados ao envelhecimento, úteis para avaliar o risco de doenças relacionadas à idade, precisamente em primeiro lugar, a doença de Alzheimer.

Analisando os resultados dos testes que levaram em conta diferentes marcadores no sangue, atribuindo uma pontuação genética ao envelhecimento, notou-se que nem sempre a idade escrita no documento de identidade correspondia à maturação celular. Na grande amostra analisada havia de fato quem fosse precocemente envelhecido e outros que, ao contrário, tinham uma idade biológica menor do que a cronológica. Quem tinha obtido notas altas no teste, desfrutavam de uma melhor saúde seja física que mental e estaria então envelhecendo de forma saudável. A menor pontuação correspondia a um envelhecimento precoce em comparação com a idade cronológica.

“A nossa descoberta – disse James Timmons – fornece a primeira assinatura molecular robusta da idade biológica dos seres humanos e deve ser capaz de transformar o modo pelo qual a idade é usada para tomar decisões médicas.”

O novo teste poderia ser de fato útil para monitorar o tempo em que as pessoas correm um maior risco de desenvolver Alzheimer e demência, atuando melhor na prevenção, antes do aparecimento da doença. Mas os estudiosos estão convencidos de que estes resultados ajudariam também na busca por dadores de rins, situação em que determinar a idade biológica é particularmente importante.

O estudo foi publicado na Genome Biology.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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