10 produtos nocivos à saúde e ao ambiente, criados pela Monsanto


Quando ouvimos “Monsanto” imediatamente pensamos aos OGMs, mas a multinacional da agroquímica está envolvida na criação de inúmeros produtos nocivos, algo que talvez muitos de nós não temos conhecimento.

A Monsanto não tem a ver apenas com sementes geneticamente modificadas, mas também com a realização de produtos potencialmente perigosos para a saúde, incluindo o Agente Laranja, o herbicida Roundup e o DDT.

Descubra por trás de quais produtos, por vezes inesperados, encontra-se a Monsanto.

1. Sacarina

John Francis Queeny fundou a Monsanto Chemical Works com o objetivo de produzir sacarina para a Coca-Cola. Parece que estudos realizados nos anos 70 mostraram que a substância sacarina fosse cancerígena para ratos e mamíferos. No entanto, a sacarina continuou a ser produzida e vendida, sem levar em conta que, potencialmente, poderia causar efeitos negativos sobre os seres humanos.

2. PCB

Desde 1920 a Monsanto começou a expandir sua produção de substâncias químicas para a produção de PCBs (bifenilos policlorados), usados para a refrigeração de motores. Cinquenta anos depois, a Agência de Proteção Ambiental emitiu um relatório citando o PCB entre as causas de câncer em animais com a possibilidade de que este efeito negativo também pudesse afetar os seres humanos. Só mais tarde, depois de pelo menos outros 30 anos, os PCBs foram proibidos nos EUA, mas continuam presentes em quantidades vestigiais no sangue de mulheres grávidas e para uso em algumas partes do mundo.

3. Bomba Atômica

Pouco depois de ser comprada pela Thomas Thomas e Hochwalt Laboratories, a Monsanto tornou-se uma divisão do Departamento de Investigação Central. Entre 1943 e 1945, o departamento coordenou forças para o Projeto Manhattan, um programa de pesquisa e desenvolvimento de âmbito militar que levou à criação das primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial.

4. DDT

Em 1944, a Monsanto começou a produzir o inseticida DDT sob o pretexto de combater os mosquitos transmissores da malária. O DDT foi proibido nos EUA em 1972 por causa de seus efeitos adversos na saúde humana, incluindo infertilidade, problemas de desenvolvimento em crianças e sistemas imunitários deficientes.

5. Dioxina

Em 1945, a Monsanto começou a promover a utilização de pesticidas na agricultura com a produção do herbicida 2,4,5-T, um precursor do agente laranja. Este produto continha dioxina. As dioxinas são poluentes persistentes que se acumulam na cadeia alimentar, especialmente no tecido adiposo dos animais. Durante décadas, a Monsanto é acusada de esconder a contaminação por dioxina em uma ampla gama de produtos.

6. Agente Laranja

Em 1960, a Monsanto se tornou o maior produtor do agente laranja, um herbicida desfolhante e usado como arma química durante a Guerra do Vietnã. A fórmula da Monsanto para o Agente Laranja continha dioxina muito mais do que o produzido pela Dow Chemicals. Como resultado, pelo uso do agente laranja, o Vietnã estimou que mais de 400.000 pessoas foram mortas ou mutiladas. 500.000 crianças nasceram com defeitos de nascimento e pelo menos 1 milhão de pessoas sofreram problemas de saúde. Esta substância teve impacto negativo sobre os militares norte-americanos e seus descendentes. Os veteranos, no entanto, nunca receberam indenizações da Monsanto pela exposição a este agente químico.

7- RoundUp

O herbicida RoundUp é o produto mais famoso da Monsanto, usado em todo o mundo. É um herbicida à base de glifosato, uma substância que a OMS incluiu recentemente entre os prováveis agentes cancerígenos ​​para os seres humanos. De acordo com os especialistas, o glifosato seria capaz de danificar o DNA dos seres humanos e mamíferos. Os agricultores expostos ao glifosato teriam uma chance maior de desenvolver linfoma não-Hodgkin.

Leia também:

OMS: 5 AGROTÓXICOS CLASSIFICADOS COMO CANCERÍGENOS PARA OS SERES HUMANOS

GLIFOSATO, A ESTRELA DOS AGROTÓXICOS, PROIBIDA NO SRI LANKA

8. Aspartame

Nos EUA, a FDA aprovou o uso e o consumo do aspartame, apesar desta substância ter sido considerada prejudicial aos animais em ensaios clínicos. Em 1985, a Monsanto adquiriu a empresa de produção de aspartame (GD Searle) e começou a comercializá-lo com o nome NutraSweet. A segurança efetiva do aspartame para os seres humanos e, ao mesmo tempo, a sua potencial toxicidade, são ainda muito controversas.

9. Hormônio do crescimento bovino rbST

Conhecido no Brasil como somatotrofina bovina- rbST, é o hormônio do crescimento bovino recombinante que a Monsanto conseguiu aprovação da FDA para comercializar e vender produtos para serem injetados nas vacas leiteiras, com o objetivo de aumentar a produção de leite. A superprodução de leite, expõem as vacas à dor e à inflamação das mamas. Isto leva os criadores a recorrer aos antibióticos e outros medicamentos. Teme-se que esse hormônio possa ser cancerígeno para os seres humanos.

10. Fertilizantes à base de petróleo

Em 1955 a Monsanto começou a produzir adubos à base de petróleo após a compra de uma refinaria. Estes fertilizantes destruíam os microrganismos benéficos do solo e deixavam a terra improdutiva. Desta forma, na agricultura se cria uma verdadeira dependência dos produtos industriais para tornar a terra produtiva novamente o que vai cada vez mais longe de um modelo de agricultura natural, que tem como objetivo a produção de alimentos livre de substâncias nocivas.

Leia também: PETIÇÃO PELA PROIBIÇÃO DO GLIFOSATO, COMPONENTE DO ROUNDUP

Fonte foto: foxnews




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...