Você sabe como funciona a doação de órgãos?


A doação de órgãos é um tema muito importante de ser debatido e conhecido, pois ela pode salvar muitas vidas. Nenhum país do mundo consegue atender plenamente a demanda de transplantes de órgãos. O Brasil é um dos países que está numa situação intermediária de doações, em torno de 14 doadores para 1 milhão de habitantes por ano para todo o país. Felizmente, o número de doadores, no Brasil, vem aumentando a cada ano.

O presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, Roberto Manfro, explica que, para a maioria dos órgãos ser doada, é preciso haver a morte encefálica do doador.

De acordo com Manfro, a falta de informação é uma das principais causas para não haver um número suficiente de doadores. O especialista salienta a importância de as pessoas explicitarem para a família o seu desejo de ser um doador, pois é ela que decide sobre a doação nos casos de morte encefálica, segundo a lei brasileira. O diagnóstico da morte encefálica é absolutamente seguro. A legislação brasileira é muito rigorosa do ponto de vista técnico.

É muito difícil para as famílias optar pela doação quando não é informada pelo parente. Por isso, é tão importante informá-la que você é um doador. A necessidade social dos transplantes é muito importante. No Brasil, há cerca de 30 mil pessoas à espera de uma doação de órgãos.

Manfro explica que a morte encefálica não é o mesmo que o coma. Naquela, os órgãos são mantidos em funcionamento por um determinado tempo às custas de medicação. Antes de diagnosticar a morte encefálica, o médico comprova que não há mais atividade circulatória e que os órgãos são mantidos de forma artificial, diferentemente do coma.

A lei de doação de órgãos é muito séria. O médico que faz o diagnóstico de morte encefálica tem que notificá-lo à secretaria de saúde do seu estado para as devidas providências. Quando a família afirma que o parente é doador de órgãos, aciona-se o órgão responsável. Se não, a equipe médica averigua com a família a possibilidade de doar os órgãos do familiar.

Embora a doação de órgãos ocorra em um momento de perda e, portanto, de dor para a família, falar de doação de órgãos não precisa ser um tabu, já que ela está associada com a vida. Um doador pode salvar ou melhorar a vida de até 10 pessoas. Por exemplo, o fígado pode ser doado inteiro ou pode ser partido, ajudando 2 pessoas com uma só doação.

Em vida, também é possível fazer doação de órgãos. O mais comum é o rim, já que temos dois no nosso organismo. Outro órgão que pode ser doado é o fígado. Embora seja um órgão único, pode ser retirado um pedaço do fígado do pai ou da mãe para ser transplantado em um filho, assim como o pulmão.

Hoje, à medida que a longevidade aumenta, a necessidade de um transplante também cresce. Existe uma longa fila de espera de doação de órgãos. Comunique a sua família do seu desejo de ser um doador. Você pode fazer um grande bem a muitas outras pessoas.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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