Que tal passar o mês de fevereiro sem reclamar?


Fevereiro, o mês mais curto do ano, poderá ser um período de menos lamentos, choramingos e reclamações em geral. Que tal aderir a essa ideia proposta pelo Complaint Restraint February?

É verdade que os reclamões são considerados os chatos de plantão, mas também aqueles que aceitam tudo sem reclamar de nada não ajudam a mudar o estado das coisas. Em um mundo em guerra, quem tem trabalho, um teto para dormir e, principalmente, saúde, deve rever seus lamentos e queixumes.

A nossa vida pode ficar mais leve e mais feliz se reclamarmos menos. Essa proposta do Complaint Restraint ajuda você a ver o lado mais positivo da vida cadastrando seu email para receber mensagens de entusiasmo durante o mês de fevereiro.

A palavra “queixa” vem do latim quassiare, de quassare, e significa golpear violentamente, expressar uma dor, uma pena, um ressentimento, uma inquietação. Tendo em mente o caráter negativo da sensação provocada pela queixa, os amigos Thierry Blancpain e Pieter Pelgrims estabeleceram com o projeto Complaint Restraint February que fevereiro é o mês para não reclamar por qualquer coisa.

Essa atitude traz dois benefícios: o aumento da sensação de felicidade e o reconhecimento de que a negatividade pode te deixar infeliz. “Pieter e eu somos amigos há 10 anos e temos trabalhado juntos em muitos projetos e, no inverno de 2010, tivemos a ideia de deixar de nos queixar por um mês”, conta Blancpain. O suíço, que cria tipografias, explicou que um deles estava se queixando demasiado quando o outro pediu que se calasse por um mês. “Como depois nos sentimos mais felizes, decidimos repetir no ano seguinte”.

O projeto cresceu em 2014, quando alguns amigos foram convidados a replicar a experiência. Após perceberem os seus efeitos, em 2015, decidiram abrir a iniciativa ao público em um site de divulgação do experimento. Os amigos esperavam receber apenas 50 inscrições, mas, ao final, foram recebidas 1.750.

Blancpain esclarece que a ideia da dupla é deixar de reclamar por coisas sem importância. “A chuva, o bebê que chora no restaurante, o chefe que te faz ficar uma hora a mais no escritório, o ônibus que você perdeu na hora de ir trabalhar”. Acontecimentos que “vistos com perspectiva não têm importância, e que reclamar é uma perda de tempo e de energia”. “Se temos comida, casa, família, amigos… não deveríamos ser felizes?”.

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Outro benefício da proposta é perceber a forma como nos comunicamos. Desse modo, podemos transformar reclamações em sugestões positivas. “Se alguém vem e me conta alguma pequena coisa negativa sobre seu trabalho, pergunto se não acha que seu chefe horrível é sinal de que deve procurar um novo emprego”, diz Blancpain, que acredita que o importante da experiência é redirecionar essa energia para aspectos positivos. Nesse primeiro ano que abriram ao grande público, os dois estimam que foi um êxito.

Os amigos escolheram fevereiro para abrir a experiência ao grande público porque é o mês mais curto do ano, sendo mais fácil conseguir adeptos. Mas é claro que parar de reclamar não deve se restringir apenas a esse período.

Vamos tentar?

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Fonte fotos: shutterstock.com




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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