O que é Hipnoterapia: Usos, benefícios e contraindicações

A hipnoterapia é o uso clínico da hipnose, ou seja, a aplicação de técnicas hipnóticas para se acessar o inconsciente e tratar as causas de problemas emocionais, físicos, psicológicos, hábitos e sentimentos indesejáveis. Essa terapia é feita através do direcionamento de um hipnoterapeuta.

Através da hipnose, é possível atingir um estado de relaxamento tão profundo, possibilitando que sugestões dadas pelo hipnoterapeuta abordem a raiz de um problema e auxiliem na sua ressignificação positiva. Ficou curioso? Continue lendo para saber mais.

O que é hipnoterapia e como funciona?

A hipnoterapia é o uso clínico da hipnose por um hipnoterapeuta.

Ela é usada para induzir o paciente a um estado especial de consciência (ou transe hipnótico), que envolve atenção concentrada e consciência periférica reduzida, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão.

Esse estado pode ajudar o paciente a fazer mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos que deseja melhorar, através da ressignificação dos mesmos.

Origem da hipnoterapia

A origem da hipnoterapia remonta à Antiguidade, quando os sacerdotes egípcios, gregos e romanos usavam métodos de indução de estados alterados de consciência para fins de cura.

No século XVIII, o médico austríaco Franz Mesmer desenvolveu o conceito de “mesmerismo”, uma técnica que envolvia o uso de passes magnéticos para induzir um estado de transe em seus pacientes. As práticas de Mesmer foram uma influência importante no desenvolvimento da hipnose.

No século XIX, James Braid, um médico escocês, cunhou o termo “hipnose” e estabeleceu a hipnose como um campo de estudo científico. Ele desenvolveu técnicas mais focadas na sugestão e na focalização da atenção, afastando-se das ideias de Mesmer sobre magnetismo.

A hipnoterapia moderna evoluiu a partir dessas origens históricas e foi influenciada por vários profissionais e estudiosos ao longo do tempo.

Atualmente, a hipnoterapia é uma prática reconhecida e utilizada em diversas abordagens terapêuticas para ajudar no tratamento de uma ampla variedade de condições de saúde.

Problemas tratados pela hipnoterapia

A hipnoterapia é uma ferramenta que pode ajudar as pessoas a superarem:

• traumas
• fobias
• vícios
• dores
• outros problemas que afetam a qualidade de vida

A hipnoterapia é segura?

Em geral, é considerada segura, desde que conduzida por um terapeuta ou profissional qualificado, treinado e experiente.

Benefícios da hipnoterapia

O uso da hipnose como terapia pode trazer diversos benefícios para a saúde física e mental como:

• Alívio das condições de dor crônica, como fibromialgia, artrite, enxaqueca, etc.
• Redução de náusea e vômito causados por quimioterapia, gravidez ou outras condições.
• Controle de ansiedade e estresse, que podem afetar o bem-estar e a qualidade de vida.
• Tratamento de insônia, que pode prejudicar o sono e o descanso adequado.
• Combate a vícios em álcool, tabaco, drogas ou comida, que podem causar dependência e problemas de saúde.
• Tratamento de Transtornos de Personalidade, como fobias, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do pânico, etc.
• Melhora da autoestima, da confiança e da motivação, que podem influenciar o desempenho pessoal e profissional.
• Resolução de traumas e conflitos emocionais, que podem gerar sofrimento e bloqueios psicológicos.

Uso clínico da hipnoterapia

Este vídeo do canal Omni Brasil traz mais esclarecimentos sobre o uso clínico da hipnoterapia:

Contraindicações da hipnoterapia

Embora a hipnoterapia seja geralmente considerada segura e bem tolerada, existem algumas contraindicações e recomendações a serem consideradas.

É importante lembrar que a hipnoterapia é uma forma de terapia complementar e deve ser usada em conjunto com o cuidado médico apropriado.

Seguem algumas situações em que a hipnoterapia pode ser contraindicada ou requeira precaução:

Psicóticos

A hipnoterapia pode não ser adequada para pessoas que sofrem de transtornos psicóticos, como esquizofrenia ou transtorno bipolar com sintomas psicóticos. Isso ocorre porque a hipnose pode intensificar os sintomas psicóticos ou interferir no tratamento psiquiátrico.

Transtornos dissociativos

Pessoas com transtornos dissociativos, como transtorno de personalidade dissociativa ou transtorno de conversão, podem não responder bem à hipnoterapia.

A hipnose pode prolongar o estado de dissociação ou levar a uma experiência desestabilizadora.

Dependência química ou uso excessivo de substâncias

Em casos de dependência química, como álcool, drogas ou medicamentos, a hipnoterapia pode não ser recomendada como tratamento primário. No entanto, em alguns casos, pode ser utilizada como uma abordagem complementar para auxiliar no processo de recuperação.

Condições médicas graves

Em certos casos, como doenças cardíacas, epilepsia não controlada, doenças respiratórias graves ou outras condições médicas graves, é recomendável que a hipnoterapia seja realizada apenas com a supervisão e aprovação de um profissional de saúde qualificado.

Distúrbios de personalidade limítrofe

Pessoas com transtorno de personalidade limítrofe (ou borderline) podem se beneficiar da hipnoterapia, mas é importante que o terapeuta tenha experiência em trabalhar com essa população.

A hipnose pode produzir respostas emocionais intensas e é necessário um manejo cuidadoso durante as sessões.

Traumas não resolvido

Indivíduos com histórico de trauma significativo podem ser mais sensíveis à hipnoterapia.

O terapeuta deve ter experiência em lidar com o trauma e garantir um ambiente seguro para o paciente durante as sessões.

É fundamental que se consulte um profissional qualificado em hipnoterapia para avaliar as necessidades individuais e determinar se a hipnoterapia é adequada ou não, levando em consideração o histórico médico e condições específicas.

O que prejudica a hipnoterapia

Algumas atitudes podem prejudicar os resultados da hipnoterapia, e por isso fazer com que seu uso não seja indicado, podem ser:

Toque mágico de mudança

Algumas pessoas acham que a hipnoterapia vai resolver seus problemas em um passe de mágica, sem que elas precisem fazer nada além de se submeter passivamente à hipnose. Essa atitude é prejudicial, pois a hipnoterapia depende da participação ativa e da responsabilidade do paciente pela sua própria mudança. A hipnoterapia é apenas um meio, e não um fim em si mesma.

Mudar outras pessoas

Por vezes, as pessoas procuram a hipnoterapia para tentar mudar o comportamento ou a personalidade de alguém que elas não gostam ou não aceitam, como um parceiro, um filho, um chefe, etc. Isso é impossível, pois a hipnoterapia só pode atuar sobre o próprio paciente e seus recursos internos. Além disso, essa atitude demonstra falta de respeito e de empatia pelo outro.

Fazer a hipnoterapia por pressão

Há casos em que as pessoas são pressionadas ou convencidas por familiares, amigos ou profissionais a fazerem hipnoterapia contra a sua vontade ou sem entender bem o que é.

Tal atitude pode gerar resistência, medo ou desconfiança em relação ao processo e ao terapeuta, dificultando a indução hipnótica e os resultados esperados.

Se uma pessoa se enquadra em algum desses casos, talvez a hipnoterapia não seja a melhor opção para ela.

Você se interessou em conhecer mais sobre essa técnica terapêutica e seus benefícios? Uma forma de saber mais sobre a hipnoterapia é procurar um profissional qualificado e experiente na área, que possa dar mais orientações e esclarecer todas as suas dúvidas.

Fontes:

1. Wikipédia
2. Hipnoterapia
3. Alivia Mente
4. Hipnose
5. Omni Hypnosis
6. Omni Brasil
7. Hipnoterapia Website
8. Italys França
9. Doctoralia
10. Therapy Partnership

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