Cigarro eletrônico aumenta risco de ânsia e depressão em jovens, revela estudo


O cigarro do mundo de Marlboro está com os dias contados, a depender do sucesso dos cigarros eletrônicos (ou pendrive, se preferir). Mas apesar do boom de usuários que fumam pensando que estes cigarros façam menos mal que os cigarros clássicos, os malefícios dos pendrives estão a cada dia sendo descobertos.

A nova é que aumentam o risco de ânsia e depressão, principalmente entre os mais jovens.

Um estudo apresentado durante a Epidemiology, Prevention, Lifestyle & Cardiometabolic Health Scientific Sessions da American Heart Association, conduzido por cientistas da Universidade de Louisville, em Kentucky, envolveu mais de 2.505 jovens com idades entre os 13 e os 24 anos, divididos entre fumadores de nicotina, fumadores de  THC, não fumantes e fumadores de ambas as substâncias.

O THC é o princípio ativo da maconha e em alguns países o uso recreativo de pendrives com maconha é permitido, desde que em baixíssimas concentrações de THC.

Entre os participantes, 562 nunca haviam fumado, 370 fumavam apenas nicotina, 169 apenas THC e 830 fumavam ambos.

De acordo com a pesquisa, 60% daqueles que vaporizaram nicotina e ou THC relataram sintomas de ansiedade, com uma porcentagem maior para aqueles que consumiam apenas THC. Entre os não fumantes, a taxa de aparecimento desses distúrbios foi 40%. Quanto à depressão, os especialistas encontraram uma taxa de 50 e 25% entre fumantes e não fumantes, respectivamente.

Trocando 6 por meia dúzia

O uso de cigarros eletrônicos aumentou drasticamente nos últimos anos em muitos lugares. Na promessa de parar de fumar e de que estes cigarros façam menos mal, juntamente com o aroma agradável, os jovens se prontificaram a serem os novos usuários desse dispositivo.

Pesquisas anteriores já haviam identificado ligações entre vaping e transtornos de humor como ansiedade e depressão.

“Os dispositivos de cigarro sem combustão ainda são relativamente novos em comparação com outros produtos relacionados ao tabaco”, observa Joy Hart, pesquisador principal do estudo. “Portanto, mais pesquisas são necessárias para entender melhor a prevalência e os riscos desses dispositivos. Em nosso trabalho, ficamos surpresos com o número de pessoas que vaporizaram nicotina e THC”.

“Esses resultados destacam a importância de abordar os riscos associados a essas práticas e a necessidade conscientizar os jovens sobre os riscos desse hábito. Os cigarros eletrônicos foram desenvolvidos para ajudar os fumantes a largar o hábito, mas nosso trabalho mostrou claramente que os usuários de cigarros eletrônicos estão associados a taxas significativamente mais altas de ansiedade e depressão”, acrescenta Loren E. Wold, da Ohio State University.

Não adianta trocar 6 por meia dúzia. Alguém acreditou que vaporizar cigarro eletrônico pudesse ser inócuo?

Fonte: AGI

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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