Slackline machuca as árvores?


Slackline é um esporte que consiste em caminhar e fazer manobras sobre uma fita elástica esticada e amarrada entre dois pontos fixos. A prática já tem mais de 20 anos e começou nos EUA com escaladores de montanhas que se aventuravam nessa mistura de arte circense com acrobacias e hoje, o slackline é um sucesso tão grande, que muitas das grandes cidades têm espaços reservados ao esporte, em praças, parques e jardins. Mas a pergunta que os ambientalista se fazem é: será que essa atividade faz mal às árvores?

O ponto positivo do esporte, segundo os praticantes é o grande equilíbrio que é necessário ter para se fazer a travessia. Com tanto sucesso, e por conseguinte, tantas árvores “amarradas”, ao menos três aspectos foram levantados como possíveis causadores de danos à estas. Vejamos quais:

1. Slackline sendo praticado sempre no mesmo local, sem qualquer proteção ao tronco da árvore. Qual o problema disso? Bem, a seiva – espécie de “sangue” da árvore, que tem função de transporte de nutrientes e oxigênio – deixa de circular, ao redor da área que recebe pressão da fita, por “estrangular” a superfície do tronco;

2. O nó da fita de slackline pode, se estiver muito apertado, ferir o tronco, fazendo com que a madeira machucada seja porta de entrada de insetos, vírus, fungos e outros agentes que podem penetrar no tronco, infectando a árvore;

3. Com o peso do corpo dos praticantes sobre o fio elástico, as árvores podem ser arrancadas de suas raízes, por conta do peso e do impacto do movimento de cada indivíduo.

Em São Paulo – Parque do Ibirapuera – e em Resende, no estado do Rio, slackline só pode ser realizado em árvores predefinidas. Isso não ocorre ainda na capital do Rio de Janeiro, e em tantas outras cidades onde a escolha é livre.

As regras para a prática do slackline nestes espaços públicos consistem em respeitar as árvores e os frequentadores dos parques da seguinte forma:

* as árvores devem ser suficientemente grandes (diâmetro mínimo de 30 centímetros no ponto de amarração da linha);

* não se pode amarrar o fio de slackline diretamente no tronco, mas sim, colocar algum tipo de proteção, como carpete, papelão, um isolante térmico ou outros.;

* esta proteção da árvore deve circular todo diâmetro do tronco no ponto da amarração da linha;

* material de proteção da árvore não pode estar preso/costurado às cordas e fitas da ancoragem da linha;

* as linhas devem ser amarradas ao redor das árvores, nunca parafusadas ou pregadas nas mesmas.

* em nenhuma hipótese os galhos de qualquer árvore ou vegetação próxima da linha devem ser cortados ou quebrados para facilitar tanto a fixação das linha como a prática do esporte;

* a altura máxima em relação ao piso não pode exceder 1,5 metros;

* as linhas não podem bloquear a passagem de calçadas ou de caminhos utilizados pelas pessoas ou veículos de serviço.

Além destas regras, deve haver sempre um responsável pela amarração das linhas.

Como não há um estudo mais específico sobre o tema, dada a novidade do mesmo, alguns cuidados podem ser tomados por parte de quem gosta deste esporte e o pratica em lugares onde tais regras não são estabelecidas. Não custa nada segui-las por educação e respeito às árvores e às pessoas.

Verifique sempre o solo do local onde o fio está colocado. Caso seja um solo arenoso, há uma maior possibilidade de arrancar as árvores de suas raízes, por exemplo. A prática deve se dar apenas em espécies de árvores com raízes mais longas, que tenham maior sustentação. Os troncos devem ser os mais robustos, de maior altura e cor mais escura. Fica a dica! Equilibre-se 🙂

Fonte foto: wikipedia.org




Redação greenMe

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