Prêmio Nobel da Paz 2014 para o direito das crianças


Malala Yousafzai, 17, é uma estudante e ativista paquistanesa, conhecida por seu ativismo pelos direitos à educação e pelo direito das mulheres, especialmente no Vale do Swat, onde o Talibã às vezes proíbe meninas de frequentarem a escola. Juntamente com Kailash Satyarthi, ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2014, tornando-se a pessoa mais jovem a receber o prêmio.

O Nobel da Paz 2014 foi atribuído a eles pela suas lutas contra a supressão de crianças e jovens, e pelo direito de todas as crianças à educação. As crianças devem ir à escola e não serem financeiramente exploradas. Nos países mais pobres do mundo, 60% da população atual tem menos de 25 anos de idade. É um pré-requisito para o desenvolvimento global pacífico que os direitos das crianças e dos jovens sejam respeitados. Em áreas devastadas por conflitos, em particular, a violação das crianças leva à perpetuação da violência, de geração em geração.

Mostrando grande coragem pessoal, Kailash Satyarthi, mantendo a tradição de Gandhi, liderou várias formas de protestos e manifestações, sempre de forma pacífica, com foco no fim da exploração infantil para fins lucrativos. Ele também contribuiu para o desenvolvimento de importantes convenções internacionais sobre os direitos das crianças.

Apesar da pouca idade, Malala Yousafzay já lutou por vários anos pelo direito das meninas à educação, e tem sido um exemplo de que crianças e jovens também podem contribuir para melhorar a própria situação. Isso ela fez sob as mais perigosas circunstâncias. Através de sua luta heroica, ela tornou-se uma porta-voz dos direitos das garotas à educação.

O Comitê Nobel considera tais exemplos de grande importância para um hindu e para um muçulmano, para um indiano e para um paquistanês, para que participem de uma luta comum para a educação e contra o extremismo. Muitas outras pessoas e instituições da comunidade internacional também contribuíram. Calcula-se que existam hoje 168 milhões de crianças trabalhadoras em todo o mundo. Em 2000, o número era de 78 milhões a mais. Ou seja, o mundo chegou mais perto do objetivo de eliminar o trabalho infantil.

A luta contra a repressão e para os direitos das crianças e adolescentes contribui para a realização da “fraternidade entre as nações” que Alfred Nobel menciona em seu testamento como um dos critérios para o Prêmio Nobel da Paz.

Assista ao documentário sobre a vida de Malala Yousafzai, feito pelo The New York Times.

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Fonte foto: vitalvoices.org




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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