O exemplo britânico para combater o bullying e as drogas


Todo mundo que já passou pela escola sabe que o bullying é uma constante triste na vida de muitos alunos. Uma pesquisa feita em 2016 pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) mostrou, por exemplo, que de 100 mil crianças e jovens de 18 países, metade deles sofreu algum tipo de bullying.

Tão grave quanto isso é o abuso de drogas nessa faixa etária, que desvia os jovens de futuros que poderiam ser promissores. Pensando nesses dois fatores a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e a Universidade College London desenvolveram um projeto para combater o bullying e uso de drogas nas escolas.

A intervenção ficou conhecida como “Learning Together (Aprendendo Juntos)”, e contou com participação de 20 escolas participantes e outras 20 para fazer o comparativo de controle sobre o projeto.

Todos os colaboradores receberam treinamento, manual escrito e orientação externa. O custo total foi de 290 reais por aluno, o que é considerado barato para os padrões do Reino Unido. A ideia da ação era minimizar comportamentos de risco, como uso de drogas, cigarro e álcool.

O projeto usou três abordagens:

  • o envolvimento integral da escola, não somente tratando do assunto em uma disciplina específica;
  • a orientação e educação social e emocional para que os alunos soubessem administrar as próprias emoções e se relacionar com os outros colegas;
  • e a última visando uma comunicação entre agressor e vítima, principalmente para que o primeiro entendesse a gravidade do seu comportamento e as consequências dele.

O resultado foi que os alunos das escolas que aderiram ao projeto apresentaram taxas menores de tabagismo (16% em comparação com 23% das outras escolas), uso de drogas ilícitas (7% contra 11%) e de álcool (38% contra 44%).

Os alunos das escolas participantes da intervenção apresentaram menor incidência de assédio moral e maior sensação de bem-estar.

Esse exemplo pode servir para que outras unidades de ensino, no mundo inteiro, pensem formas de lidar com esses problemas graves que são o bullying e o uso de drogas, fazendo aquilo que a escola tem de melhor a fazer: orientando os alunos para o mundo.

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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