Síndrome da Criança Imperador – O que é e como lidar com esse problema


A convivência com crianças é cheia de desafios. Elas estão aprendendo, todos os dias, a lidar com os próprios sentimentos, com os outros, com o mundo. Embora seja comum que vez ou outra elas façam birras ou tornem-se mais “difíceis”, é importante que os pais fiquem atentos quando a criança parece “mandar” na casa.

Comportamentos muito agressivos, autoritários, dificuldade de obedecer e a busca por ser o centro das atenções o tempo todo podem estar por trás de um desvio conhecido como Síndrome da Criança Imperador. O termo vem da psicologia e ajuda a explicar o que pode acontecer com os pequenos, caso os pais sejam permissivos demais.

Quer saber mais sobre o assunto? Acompanhe abaixo.

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O que é a Síndrome da Criança Imperador

O problema que afeta as crianças, principalmente, por volta dos 7 anos, evidentemente, não é culpa delas. Em virtude de falhas na educação, de um comportamento permissivo e inconsistente dos pais, os pequenos podem desenvolver essa síndrome. Na ausência de uma educação consistente, e, muitas vezes, por não sentirem que são verdadeiramente amadas, essas crianças se apoiam em um padrão comportamental, que tem como base esse pedido por amor e atenção.

Estudiosos apontam que, apesar de existirem causas genéticas relacionadas a essa síndrome, há fortes componentes ambientais e familiares. Basta lembrar que crianças não nascem sabendo como controlar os próprios impulsos, que é natural que elas sejam mais egocêntricas, pois não sabem ainda quem são e como funciona o mundo. Dessa forma, se a educação for frágil, essa impulsividade pode dar vasão a comportamentos agressivos e autoritários.

Como identificar a Síndrome da Criança Imperador

síndrome da criança imperador 2

Alguns sinais são mais preponderantes que outros, mas os pais devem ficar atentos quando essas características aparecem em conjunto e/ou de modo muito presente. Alguns dos traços que identificam essa síndrome, são:

  • A criança é muito agressiva e abusiva, podendo, inclusive, apelar para a violência física, principalmente com os pais
  • Ela tem dificuldade de respeitar autoridades, sendo rebelde e autoritária, e buscando sempre fazer as coisas da forma que quer, sem se importar com os outros
  • A criança tenta controlar tudo e todos a sua volta, querendo mandar na comida, nos passeios, nas brincadeiras, etc
  • Há dificuldade enorme em lidar com as frustrações
  • Ela tende também a querer ser o centro das atenções o tempo todo
  • Pode recorrer a chantagens emocionais e aprender a manipular as pessoas para conseguir o que quer
  • Não parece sentir afeto pelos pais e empatia, de modo geral
  • Está sempre insatisfeita e infeliz
  • Tem pouco senso de responsabilidade
  • Possui baixas habilidades sociais, sendo difícil de lidar também na escola
  • Pais que são permissivos, que tenham dificuldade para dizer “não” e que sintam culpa por ficar longe dos filhos podem favorecer comportamentos de “Criança Imperador”

Como lidar

Nunca é tarde para ajudar as crianças a serem melhores. Como elas estão em fase de aprendizado, são adaptáveis e receptivas. Caso você identifique os sinais mencionados acima, pode fazer algumas coisas para auxiliar o pequeno a sair desse quadro agressivo, como:

  • Estabelecer limites e regras claras e consistentes
  • Estipular horários na rotina da casa, como hora de dormir, de comer, de brincar
  • Ensinar à criança que nem tudo pode ser do jeito que ela quer, recorrendo ao “não”, quando necessário
  • Orientar a criança sobre como lidar com as próprias emoções, nomeando os sentimentos, mostrando que há formas mais gentis de pedir certas coisas, e que determinadas reações só magoam e fazem mal a ela mesma
  • Ajudar a elevar a autoestima da criança, mostrando os pontos positivos dela, dando atenção, quando ela precisar, dialogando, ouvindo o que ela tem a dizer
  • Em casos mais graves, é importante procurar ajuda profissional, pois somente ele poderá indicar o melhor tratamento, em cada caso

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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