Por recusarem quimioterapia ao filho, casal perde a guarda da criança


O câncer é a doença que mais nos assusta porque, embora em muitos casos seja curável, o seu tratamento é muitas vezes difícil, com grandes efeitos colaterais. É preciso muita força física, mental e espiritual para enfrentar essa doença. E imagina quando ela ocorre em uma criança…

Um caso recente chamou a atenção para um fato que talvez muitos de nós tenhamos pensando um dia: e se a gente fosse diagnosticado com câncer? Será que aguentaríamos o tratamento pesado? Será que existem curas naturais menos invasivas?

Quantos de nós não conhece alguém que não tenha suportado à quimioterapia, e tenha falecido antes do tratamento acabar? Nesses casos, não passou pela nossa cabeça se não teria sido melhor ter recusado a quimio?

Um caso recente

Aconteceu na Flórida, nos Estados Unidos: uma decisão judicial tirou dos pais a guarda do filho, porque a criança de 4 anos, doente de câncer, não teve prosseguimento em seu tratamento quimioterápico. Os pais da crianças decidiram por tentar um tratamento alternativo à leucemia linfoblástica aguda diagnosticada no filho.

Por decisão do juiz, a criança agora está com sua avó materna por “risco substancial de negligência iminente”, porque os pais faltaram à uma sessão de quimio para tentarem um tratamento à base de Cannabis (legal), oxigenoterapia, ervas e água alcalina.

Segundo informou a BBC, de acordo com um hospital local, cerca de 98% das crianças com leucemia linfoblástica aguda entram em remissão poucas semanas após o início do tratamento quimioterápico, e cerca de 90% das crianças são curadas.

Será que os pais têm o direito de recusar o tratamento clássico ao filho – com medo de a criança não suportar à grande quantidade de medicamento usado nesse tipo de terapia – e talvez negar-lhe o direito à vida? Uma criança de 4 anos não pode decidir sozinha sobre um tema tão crucial à sua própria vida.

O que é horrível, mas ao mesmo tempo belo de se constatar, é que a vida segue sendo sendo um mistério ainda não revelado pela ciência.

Como o SE não existe, perante à morte, ninguém poderia responder qual “SE” seria vencedor: se a quimioterapia fosse recusada, o tratamento alternativo teria resolvido? E se o tratamento alternativo não fosse usado, a quimioterapia teria levado à morte?

A vida, bem como a morte, é algo não controlável por nós humanos, ainda que a ciência médica tenha dado passos de gigante em direção à cura de muitas doenças.

Nos resta ter paciência e amor para aceitar o que não podemos controlar, e muita força para lutar por aquilo que podemos enfrentar.

Que esta criança, e todas as pessoas que estejam passando por essa situação, encontrem a cura, seja esta qual for.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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