UNICEF: diferença de acesso à web causa desigualdades educacionais na infância


Em qualquer atividade atual, o uso da informática e o acesso à internet é um fator essencial para as pessoas serem inseridas socialmente e no mercado de trabalho. Um relatório da Unicef denominado The State of the World’s Children 2016: A fair chance for every child, mostra como as grandes desigualdades no acesso à internet durante a infância, afetam a educação e a entrada no mercado de trabalho.

Várias regiões no planeta têm dificuldades e ou restrições de acesso à internet, ou por motivos de conflitos, ou por problemas gerados por descaso econômico como é o caso da África – em que 60% dos jovens entre 15 e 24 anos, não possuem acesso a este recurso – assim como o da população jovem que possui restrições em países como Iraque, Afeganistão e Iêmen.

Para se ter uma ideia das desigualdades, para os jovens europeus, a porcentagem de jovens que não possuem acesso à internet é de apenas 4%.

A situação de carência e de restrições de acesso à rede, causa impactos diretos no desenvolvimento das nações e agrava o acesso destas à educação, à busca de conhecimentos para soluções inovadoras e à possibilidade de ampliar as opções de formação profissional.

A preocupação da Unicef é que tais disparidades possam aumentar ainda mais as desigualdades existentes entre os países mais e os menos desenvolvidos.

Neste sentido, a instituição enumera os benefícios do acesso à rede (educação, informação, profissionalização) e pede aos governos para se atentem a este fato e promovam políticas de inserção tecnológica, urgentemente, nos países menos favorecidos, lembrando da corrida contra o tempo imposta pela velocidade em que as tecnologias caminham:

“O mundo tecnológico se move tão rápido que, se forem adotadas as medidas necessárias para que o acesso chegue a todas partes, provavelmente esse será um dos campos em que poderemos avançar mais depressa”, diz Blanca Carazo, diretora do Comitê Espanhol de Programas do Unicef para o El País.

Mas a Unicef também aponta para os malefícios da rede, citando depressão, bullying e outros problemas já bem conhecidos entre nós, infelizmente.

A internet e as novas tecnologias que temos hoje em dia, são ferramentas importantes para o desenvolvimento de um país, seja este econômico, cultural, social, entre outros. O uso destas novas tecnologias, claramente, deve ser inteligente, focado nas possibilidades que ela propõe e evitando os seus riscos pois, como sabemos, as mesmas tecnologias que tanto bem proporciona, tem seu lado obscuro ligado ao vício, ao prejuízo das relações reais em detrimento das relações virtuais, sem falar na questão da segurança na rede.

Mas, como dissemos antes aqui, em nossa opinião, para um país começar a pensar em se desenvolver realmente, é preciso investir em saneamento básico antes. No Brasil por exemplo, o acesso à rede é menos preocupante que acesso ao saneamento básico. De um lado, o acesso às tecnologias parece ser coisa de país desenvolvido mas, sem saneamento básico à 100% da população, de fato, não se pode falar em desenvolvimento. Vocês concordam?

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Redação greenMe

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